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sexta-feira, 13 de junho de 2008

Mateus 10.34-42. O Príncipe da paz traz a espada.

Introdução

     É um texto impressionante. É palavra do Senhor Jesus. É palavra para nós. Como vamos entender. O Príncipe da paz traz a espada.

     O evangelho de Mateus é o evangelho do discipulado. Jesus escolhe e chama seus discípulos e os prepara para o trabalho missionário. Temos muito a aprender com todos esses capítulos.

     Vivemos numa época em que as pessoas querem encher igrejas a qualquer custo. Por isso precisamos nos perguntar: Qual é a ordem missionária? Como se faz missão? Ouçamos, portanto, a respeito do verdadeiro objetivo da missão de Cristo e de como os discípulos devem executá-la.

     Isto este evangelho sobre o: O Messias traz a espada e divide, nos quer ensinar.

1. O Evangelho que divino.

     Onde Cristo é proclamado corretamente, ali surgem, imediatamente, divisões. O grupo que crêem em Cristo e o grupo que o rejeitam. A razão dessa divisão entre as pessoas é Cristo. Por isso Jesus afirma: Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada. (Mt 10.34 RA)

     Isto me lembra um fato. Uma senhora fez profissão de fé em nossa comunidade. Ela estava alegre pela paz que encontrou na graça de Cristo. Imaginava que daqui para frente sua vida seria uma vida de paz e alegria. No seu primeiro a amor a Cristo, testemunhava corajosamente. Mas após alguns meses, ele nos disse: Encontrei a paz em Cristo, mas arranjei muitos problemas em meio à minha família, entre minhas amigas e até no prédio no qual resido. Lembramos a ela o presente texto. 

    Jesus, o Messias, o Príncipe da paz, traz a espada. (Mt 10.12,13) Ele não traz uma espada simples, material, mas a espada da Palavra. Jesus não nos trouxe uma paz material, elaborada por meio de consensos. Cede aqui e cede ali, para se chegar a um meio termo. Ele traz a paz que destrói do pecado, que vence a morte e confere a paz pela nova vida por sua ressurreição. Assim separa para si um povo que o escuta e o ama.    

     As pessoas, no entanto, amam o pecado e estão inclinadas para o mal. Isto os exclui da paz de Deus. Jesus veio para libertá-las desta escravidão de Satanás, do poder do pecado e da culpa, a fim de reconciliá-los com Deus. Lemos na carta aos Hebreus: Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mis cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração. (Hb 4.12) Desta forma, a palavra de Deus, pela qual o Espírito Santo atua, quer conduzir ao arrependimento e consolar com a graça de Cristo. Esta palavra é poder de Deus para regenerar, dar vida e libertar.

     Mesmo assim esta palavra é resistível. Estevão diz ao Sinédrio: Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistir ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis. (At 7.51) Assim a Palavra leva a uma decisão. Sua mensagem é paz para os que se arrependem e crêem, mas para os que resistem e não se arrependem, esta mesma mensagem é juízo e julgamento.

     Vamos repetir para compreendê-lo bem. Nascemos em pecado. Somos, por natureza, inimigos de Deus. Nosso coração está inclinado para todo o mal, dele brotam, constantemente, toda a sorte de maus pensamentos e inclinações. A palavra de Deus que penetra divide, isto é, ilumina o coração, leva ao reconhecimento do pecado e conduz ao arrependimento, ao reconhecimento dos pecados. Quando a consciência é despertada pela lei, a pessoa não encontra consolo em nenhuma outra coisa do que somente na graça de Cristo, que o evangelho anuncia.

     O evangelho é a boa notícia do perdão dos pecados, que liberta, que nos dá um novo coração. A notícia que gera a fé e restabelece a comunhão com Deus. Toda a pessoa que se arrepende de seus pecados e crê na graça de Cristo, recebe perdão dos pecados, vida em comunhão com Deus e a vida eterna. A pessoa que renasce pela fé em Cristo, é tirada da escravidão de Satanás, libertada do poder da morte e do poder do pecado. Esta pessoa desfruta da paz que Cristo lhe dá, jubilam e passam a amar a Deus e o próximo.

     Assim a fé no perdão de Cristo cria uma linha divisória. Esta linha se revela pela renúncia ao pecado, não só de um e outro pecado, mas de todos os pecados. E tem o firme propósito de seguir a Cristo. Esta linha pessoal no coração se manifesta na vida. E visto ser uma divisão absoluta, decisão de renúncia, ela se manifesta em todas as relações humanas, na família, na vizinhança, no trabalho, na sociedade.

         Sendo Cristo a única luz, a única vida, o único libertador, (Mt 1.21; 4.16) não há possibilidade de uma fidelidade dividida entre ele e qualquer outra pessoa ou coisa, tais como pai, mãe, filho, filha, honra e vida.

    Por isso Jesus afirma: Assim, os inimigos do homem serão os da sua própria casa. Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim; e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim. (Mt 10.36-38) O que significam estas palavras? Frequentemente, nós encontramos situações assim. O pai crê e a mãe não, ou vice-versa. Hoje também é muito comum que os pais ainda crêem, mas os filhos não. A parentela está dividida em cristãos de diversas religiões cristãs, não cristãs e descrentes. Isto é uma situação difícil. Não podemos simplesmente sair pela tangente e dizer: Bem, cada um na sua. É problema de cada um. Não! A nós cabe, em amor, testemunhar a eles de Cristo. Cabe nos dizer a verdade. Isto causa atritos, separa as pessoas muitas vezes. Por isso Melanchton que buscou com grande esforço a unidade do cristianismo, mas vendo muitos de seus esforços inúteis. Sim, muitos se separaram dele, por causa do seu testemunho na proclamação da palavra de Deus. Ele disse: “Que suplício, ficar separado e ser odiado por tantos amigos, por causa do Evangelho.”

     E não é só estar separado de amigos. A tentação de apegar-se também à vida neste mundo, às coisas materiais é muito forte. Mas apegar-se a uma vida sentenciada de morte é rumar para a morte. Por isso, se for necessário perder a vida, e/ou muitas alegrias materiais desta vida, por amor a Cristo, queremos fazê-lo com alegria, pois é deixar a vida sentenciada de morte e achar a verdadeira vida em Cristo. Como Jesus o afirmou: Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á. (Mt 10.38-39)

    Realmente, Jesus não é um Deus soft, como muitos gostariam de vê-lo. Amor, amor, amor, paz e felicidade, mas ele também é santo e justo, que ameaça, castiga e condena; ao mesmo tempo, ele é um Deus que ama, que sacrificou seu próprio Filhos em nosso favor, que nos chama ao arrependimento e à fé.

     Igualmente seus apóstolos não são beatos santos que olham suave para o céu, mas foram chamados para serem soldados de Cristo, que lutam por esta causa. Por isso o apóstolo Paulo escreveu a seu discípulo Timóteo: Participa dos meus sofrimentos como bom soldado de Cristo Jesus (2 Tm 2.3)

Promessas de Jesus para a missão dos discípulos

     Após isto, Jesus encoraja seus discípulos. Eles são mensageiros da paz, pregadores do evangelho, da boa nova do amor de Deus. De que Cristo reconciliou a humanidade com Deus e lhes confiou a palavra da reconciliação: Deixai-vos reconciliar com Deus. (2 Co 5.19-20) Eles chamam as pessoas ao arrependimento e a confiarem no perdão que há em Cristo, para serem aceitos por Deus como filhos e voltarem, pela fé, à comunhão com Deus, desfrutando da verdadeira paz.

     Nisto, no entanto, não devem estranhar quando não são compreendidos pelo mundo que anda em trevas. Sim, não só não serem compreendidos, mas rejeitados, odiados e levados ao martírio. Em tudo isso devem ser corajosos e ousados na proclamação da verdadeira paz e da vida eterna, como servos de Cristo. Como seu mestre foi odiado, eles também o serão.

     Ao mesmo tempo, Jesus os protege da ilusão de pensarem que irão salvar o mundo, modificar o mundo, trazer ao mundo uma paz social e felicidade material. Dá-lhes porém, a ordem e promessa de proclamarem o reino de Deus a todos e assim alguns serão salvos. Estes alguns serão em alguns lugares e tempos muitos e em outros lugares e tempos um pequeno rebanho, que não devem temer.

     Todos nós conhecemos esta verdade e a experimentamos muitas vezes na carne e na própria família. Como gostaríamos que todos chegassem ao pleno conhecimento da verdade e à mesma fé, para serem salvos. Mas muitos resistem obstinadamente, outros por leviandade e amor ao mundo adiam o momento e perdem a oportunidade da salvação. Como Jesus chorou sobre Jerusalém, dizendo: Ah! Se conheceras por ti mesma, ainda hoje, o que é devido à paz! Mas isto está agora oculto aos teus olhos, (Lc 19.42) por culpa deles próprios.

    Então Jesus acrescentou uma bela promessa: Quem vos recebe a mim me recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou.  Quem recebe um profeta, no caráter de profeta, receberá o galardão de profeta; quem recebe um justo, no caráter de justo, receberá o galardão de justo.  E quem der a beber, ainda que seja um copo de água fria, a um destes pequeninos, por ser este meu discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão. (Mateus 10.40-42 RA) Ele os selou com a promessa de que ninguém que prestou serviços na missão de Deus, e a seus mensageiros, serviu em vão. As obras mais insignificantes serão altamente recompensadas, na eternidade, mesmo as mais simples como o alcançar um copo de água a um cristão. E os conclama a testemunharem. Diz que como ele, Jesus, eles serão perseguidos e odiados, mas não devem temer. Cristo estará ao lado deles em todos os momentos, para ampará-los, fortalecer e livrar.

Conclusão

    Quando chegamos à fé na graça de Cristo, somos libertados da escravidão de Satanás e enxertados na família de Deus. Então passamos a nos empenhar, com dedicação e fidelidade nos trabalhos do reino de Deus, e não devemos estranhar as dificuldades que brotam de todos os lados, mesmo inimizades dentro da família. Satanás procurará levanta contra nós nossos próprios familiares, amigos e os incrédulos em nossa volta. A luta será árdua. Nisto aproveitará também as fraquezas e incompreensões dos próprios irmãos na fé. Nestes momentos precisamos vigiar nosso próprio coração, para que o mesmo não nos engane. Em segundo lugar ter compaixão com as fraquezas dos irmãos e estar sempre pronto a perdoar, interpretar tudo da melhor maneira, reerguer. Em terceiro lugar amar nossos inimigos. Em quarto lugar não sonhar com grandezas e belezas bombásticas da Igreja cristã. Mas proclamar humildemente e com fidelidade a  palavra de Deus. Que Deus nos fortaleça para tanto. Amém. 

São Leopoldo, 13/06/2008

Horst R. Kuchenbecker

JULGAMENTO NA TEMPESTADE

Conta-se que certa vez sete trabalhadores de um lugar vizinho, ao voltarem da festa, foram apanhados por um forte temporal. Encontravam-se no alto de uma montanha. Procuraram abrigo dentro de uma capela. Os raios eram seguidos e os trovões estremeciam todo o lugar. Os homens, apavorados, esperaram. Porém, o temporal aumentava cada vez mais.

Repentinamente, um deles falou: “A tempestade está procurando uma vítima, um pecador. Um de nós deve ser o culpado e Deus quer castigá-lo”. Decidiram então colocar as suas bengalas fora da capela. A bengala de quem caísse na primeira trovoada seria o culpado.

Com o barulho do trovão, todos correram para fora e viram a bengala do senhor Pedro caída no chão. Este, pálido, ajuntou-a e seguiu os seus amigos. Porém, quando chegou à porta da capela, os amigos haviam-na trancada. Não adiantou bater, implorar. Ele fora julgado culpado, castigado por Deus.

Ele então resolveu enfrentar a tempestade e voltar para casa. No vale estava tudo calmo. Da montanha ouviam-se os estrondos dos raios e trovões. Os familiares dos outros lavradores esperaram em vão a volta deles.

Quando foram procurá-los, encontraram a capela em cinzas. Um raio causara o incêndio e os seus amigos morreram carbonizados. O que voltou para casa, porém, sobreviveu. O castigo veio, mas de forma diferente. Diz a Palavra de Deus no Evangelho de Mateus, capítulo 7, versículo 1 e 2: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”.

Certa ocasião os judeus trouxeram a Jesus uma mulher adúltera, e disseram: “A lei ensina que ela deve ser morta, o que dizes tu?” Jesus respondeu, dizendo: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra”. Como ninguém lhe atirasse pedra, Jesus se dirigiu a ela, dizendo: “Nem eu tampouco te condeno. Vai, e não peques mais” (João 8.1-11).

Se Deus, em vez de julgar e condenar perdoa, por que vamos nós condenar o nosso semelhante, que é tão humano quanto nós?

O nosso Deus é um Deus de perdão. Deus não está interessado em condenar ninguém. A vontade de Deus é que todos sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade (1 Timóteo 2.4). Por isso ele enviou Jesus ao mundo: para que todo o que nele crê não pereça no fogo do inferno, mas tenha a vida eterna.

Deus perdoou ao malfeitor na cruz, à prostituta Maria Madalena, ao publicano Zaqueu, ao perseguidor Saulo... E pode perdoar também a você, não importando o seu estado pecador. Ele apenas espera que você se arrependa dos seus pecados, confie em Cristo e procure andar nos seus caminhos.

Creia, pois em Cristo e viva conforme a sua vontade: que Deus o perdoará de todos os pecados e o receberá um dia no paraíso celestial.

Envie esta mensagem para os seus amigos e mostre para eles o quanto você se importa com eles e como eles são importantes para Deus, a ponto de sacrificar o seu próprio Filho para tê-los um dia consigo nos céus. Diz ele em sua Palavra: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).

Espero que você tenha um bom fim de semana, em companhia da sua família, colegas e amigos. Que, refeito as suas energias, possa iniciar uma nova semana, de paz, alegria e muito ânimo; que os anjos de Deus estejam sempre perto de você: para guardá-lo, protegê-lo e livrá-lo de todos os perigos.

Abraços e votos de bênçãos de Deus.

Pastor Lindolfo Pieper

Lucas 6.36-42 - O gesto da misericórdia

           Gestos.  O que gestos querem traduzir?  Bem, eles podem ser uma simples gesticulação sem uma grande expressão, não dizem nada.  Mas conhecemos muitos gestos positivos como também negativos ou ofensivos.  O polegar erguido em direção a alguém demonstra aprovação.  Se acompanhado de um olhar interrogativo, pede informações sobre a vida daquele a quem o gesto é dirigido, se a pessoa está bem.  E gestos negativos há aos montões, entre os quais os gestos obscenos e os gestos acusadores.

            Qual é um dos gestos de acusação mais usado?  É o dedo indicador apontado em direção ao rosto de alguém.  Ninguém quer ver um dedo acusador em sua direção, mesmo que tenha errado.  Este gesto condena, afasta e até revolta.  Mas com quanta freqüência nós usamos este gesto no dia-a-dia!

            E gestos de acolhida, qual é um dos mais usados?  É o dos dois braços abertos em direção a alguém, prontos a envolverem com carinho o corpo daquele a quem os braços se dirigem, pode ser uma criança, um jovem ou um adulto.  É o gostoso ABRAÇO, desde que seja sincero.

            Tenham misericórdia dos outros, assim como o Pai de vocês tem misericórdia de vocês” (v 36).

            O que vocês entendem por misericórdia?  Ela é usada com freqüência ou seu uso é raro?  No linguajar popular esta palavra não é muito freqüente.  Em vez dela aparece a palavra desgastada AMOR.  MISERICÓRDIA é uma palavra composta por duas outras, de origem latina: miserere – ter compaixão – e cordis – coração.  Juntando as duas, forma-se a expressão correspondente à misericórdia, que é COMPAIXÃO DE CORAÇÃO, compaixão que vem das profundezas, que vem das entranhas (intestinos, como diriam os gregos), compaixão real. 

Mas por quem?  A misericórdia ou compaixão de coração sempre se destina e se dirige ao outro, ao próximo, daquele que necessita ser amado, ao invés de ser tratado com aspereza, frieza e dureza, tratado com sentimento de condenação.

            Quem nos trata com um coração compassivo?  O Senhor Deus da graça.  Deus tem eterna compaixão dos pecadores perdidos em pecado e sujeitos à condenação eterna.  Lemos no Salmo 103.8 e 10: “O Senhor é bondoso e misericordioso.... não nos castiga como merecemos nem paga de acordo com os nossos pecados”.  O nosso Deus é um Deus clemente e compassivo.  A cor do coração de Deus, poderíamos dizer, tem a rubra cor do sangue e da compaixão.  É assim que ele nos trata.  É por isso que Deus nos perdoa.  O perdão nunca é algo merecido.  Sempre é uma doação, seja Deus nos perdoando, seja um cristão perdoando a quem o ofendeu.  Repetimos: O PERDÃO NUNCA É ALGO MERECIDO !

            Em cima deste fato é que Deus espera e requer que os que foram e são alvo deste sentimento profundo de Deus revelem e provem que a compaixão de Deus os atingiu e atinge.  Jesus está falando o nosso texto, dentro do Sermão do Monte, a pessoas que crêem nele, gente renascida, gente que tem na alma as marcas do perdão.  Por isso, cristãos se diferenciam em sua vida das pessoas que não conhecem este coração paternal de Deus, do coração rubro de amor de Deus para com quem merece o inferno.  Em vez de dar de dedo, pessoas que são alvo do coração compassivo de Deus abrem os braços, não interessa em direção de quem quer que seja, como Jesus abriu seus braços sobre a cruz.

            Em que, na aparência, os cristãos fundamentalmente se diferenciam dos não cristãos?  No seu comportamento, na sua postura e no tratamento que dispensam aos outros.  Este nosso texto é um texto de desafio da parte de Jesus aos que nele crêem.  É ali que o mundo descrente vê e percebe a diferença, e é ali que cristãos provam que são cidadãos dos céus.  De maneira muito incisiva e marcante se percebe isto no exercício da MISERICÓRDIA, da demonstração do abraço antes de mais nada e acima de tudo, em vez do dedo erguido.  É a fé em ação que Jesus quer ver.

            O exercício da misericórdia se percebe em relação aos mais fracos, aos que falharam ou falham, aos necessitados, aos sofredores e aflitos, aos quais Jesus desafia a demonstrar profundos sentimentos de empatia, atrás dos quais se “ esconde” um coração cheio de misericórdia.

            O mundo não se trata com este tipo de comportamento, mas com ódio, vingança, fofocas, abusos, exploração, do dar de dedo.  Estes termos e práticas o mundo pagão conhece muito bem.  Só que este “mundo pagão” mostra suas marcas também nas atitudes dos cristãos.  Não fosse isso, Jesus teria, como se diz, “botado conversa fora”, não faria sentido o nosso verso lido e nem o Sermão do Monte teria sentido de certa forma.

            É para este lado tão prático da vida de cada dia que Jesus estimula a sua igreja – a mim e a você – a se exercitar mais e mais, Jesus quer o quanto mais possível deixemos de dar de dedo e abramos os braços a convidarem a dar um abraço.  É para este lado prático que Jesus seriamente chama a atenção de seus seguidores a provarem a sua fé e seu amor ao próximo.  É aqui que cristãos, quando baixam o dedo acusador e abrem os braços carinhosos, mostram a diferença, provam que são diferentes, porque é o amor DE Deus e o amor A  Deus que neles age como força motriz, bem diferente do que os sentimentos das paixões carnais, que movem, impulsionam e movimentam o mundo pagão.

            Seguidores de Cristo, agindo pelo princípio da fé em Cristo, agindo de acordo com o princípio da misericórdia, não devem tratar seus irmãos mais fracos com espírito de dureza e aspereza.  Ser misericordioso, diz Cristo, em primeiro lugar é não “baixar o porrete” em cima de alguém que errou.

            A tendência humana, quando alguém faz alguma coisa errada, é imediatamente erguer o dedo da crítica, da cobrança e da condenação em direção ao nariz do faltoso, é condena-lo sem compaixão.  Se isto não fosse verdade também nos meios cristãos, entre os seguidores de Cristo, Jesus teria perdido seu tempo com esta advertência.  Se nós cristãos não estivéssemos sujeitos a falhar na aplicação da misericórdia, não faria sentido Jesus pregar o longo Sermão do Monte (3 capítulos em Mateus).

            Olhemos para o nosso meio familiar.  Quantas vezes pais e mães condenam e julgam filhos antes mesmo de se certificarem, antes de saberem se sua suspeita confere com a atitude dos filhos.  Já aí houve julgamento precipitado, que Jesus qualifica como preconceito.  Preconceito sempre é pecaminoso, sempre é erguer o dedo de acusação sem nem ao menos saber se a suspeita tem fundamento.  Quantas vezes cônjuges suspeitam de seu par e, antes mesmo de qualquer verificação no sentido de saber se suas suspeitas não são apenas fantasias oriundas de um sentimento de insegurança, já erguem o dedo....

            Olhemos para o nosso meio congregacional.  Quantas vezes membros são julgados por outros, pelo pastor, pela diretoria; pastor ou membros da diretoria são julgados e difamados, antes mesmo de se levantar fatos.  E assim, juízos condenatórios e espírito crítico são bem o contrário do exercício da misericórdia.  Nega-se com isso o amor de Deus e se comprova no gesto acusador as puras e diabólicas paixões carnais, tão presentes também em nossos corações sempre tão inclinados ao mal.  Entre os próprios apóstolos de Cristo muitas vezes este espírito condenador se manifestou.  Que dirá de nós!

            Ajam com MISERICÓRDIA com os que erram e precisam ser recuperados e erguidos.  O dedo acusador, se antes não houver um abraço acolhedor, este dedo vai fazer muito mais estrago ainda na vida de quem errou e está por baixo.  O dedo acusador em vez do abraço acolhedor vai empurrar um faltoso para o fundo da cova, enquanto que o agir em misericórdia, agir movido por um coração compassivo, este ergue, levanta, promove o salvamento e a libertação, e assim faz a diferença que o mundo quer ver nas atitudes, na postura e no comportamento dos cristãos.

            É claro que não podemos e nem devemos fechar os olhos para com os erros de quem pecou.  A Bíblia está cheia de recomendações no sentido de admoestar e advertir quem vive em pecado, para que o pecador saiba do juízo de Deus sobre uma vida incorreta.  “Vai adverti-lo” disse Jesus (Mt 18).  Mas faça isso com um espírito de amor e não de condenação.  Antes de tentar levantar o dedo no rosto de quem errou, vá e sente-se do lado dele, dê-lhe um abraço; que o seu rosto demonstre a compaixão de Deus.  Aí o caminho estará aberto para o aconselhamento.  Muitas vezes nos damos mal, e isto eu, como pastor, infelizmente já senti muitas vezes, que já erguemos o dedo antes de abrir os braços.  E assim a oportunidade para admoestar se fecha.  O espírito arrogante e condenatório, que os discípulos de Jesus conheciam muito tem nas atitudes dos fariseus, nunca ou difícil-mente traz algum proveito.  Só estraga mais ainda.

            Também temos que agir com misericórdia quando nós somos vítimas, quando sofremos acusações.  Eu diria que é neste campo pessoal que se pode verificar facilmente se somos tocados pela misericórdia de Deus ou não.  Quando atingidos por alguma difamação por parte de alguém, quando outros tentam nos prejudicar na reputação, é nestas circunstâncias que vemos tão ligeira-mente se somos tomados e governados por grande ou por pequena medida da misericórdia de Deus, ou nenhuma.

            Como exercitamos a misericórdia para com os que nos ferem e tentam nos prejudicar?  PERDOANDO-OS, agindo como o próprio Jesus agiu no alto da cruz, quando pediu perdão para os seus algozes.  Se pensarmos bem, não houve nenhum outro lance que revelou mais compaixão de Cristo do que este, quando Jesus pediu ao Pai que não levasse em conta o erro de todos os que o crucificaram, a começar pelos arrogantes sacerdotes.

            Misericórdia não é algo que se exerce à distância.  Ela acontece no inter-relacionamento das pessoas.  Também não é nenhuma troca de favores.  Jesus pergunta na seqüência de nosso texto: Qual é a diferença entre crentes e não crentes quando fazem de conta que se amam, fazendo favores uns aos outros?  Isto não prova coisa nenhuma.

            Os cristãos são os grandes favorecidos com o amor de Deus, que eles não merecem.  Ninguém merece o amor e nem o perdão de Deus.  Por isso cristãos podem, movidos pelo amor de Deus, agir em compaixão em relação aos que dela carecem.  Cristãos têm a paz de Cristo; eles têm o perdão; eles têm firmeza na esperança e a esperança da vida eterna, e têm um Deus que os acolhe, sustenta e guia.  Quando pessoas do seu relaciona-mento pecam, caem e dão deslizes, cristãos, por terem um coração segundo o coração de Deus, perdoam em vez de agirem com aspereza em troca do ferimento que alguém lhes causou.

            Estejamos sempre lembrados que o Sermão do Monte foi direcionado aos cristãos.  E ele está cheio de admoestações e desafios.  È preciso sufocar e afogar o velho homem, a natureza pecaminosa em cada um de nós por meio do arrependimento e reconhecimento de nossas inclinações ao mal.  Estamos também sujeitos a cairmos em erros e sempre precisamos do diário perdão de Deus sobre os nossos pecados.

            Como vai o exercício da misericórdia, como vai a demonstração de nosso comportamento em casa?  É duro?  É.  É duro, sim, termos sempre um coração segundo o coração de Deus.  O modelo é Jesus Cristo.  O poder para imitarmos Jesus no exercício do abraço em vez da prática do dedo acusador está no segredo da fé fortalecida no amor de Cristo.

            Tenhamos a humildade para reconhecer nossas falhas, tenhamos a humildade, tenhamos o espírito de Cristo em pedir perdão onde erramos e perdoar onde outros erraram contra nós.

            O espírito de Cristo esteja em nós, nos capacitando a também termos um pedacinho do coração de Deus: Tratando a todos com MISERICÓRDIA.  Amém.

Rev. Heldo Bredow - Curitiba

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Gincana Bíblica - Livro de Atos

GINCANA BÍBLICA - LIVRO DE ATOS

01 - Paulo, era natural de que cidade?
Resposta: Tarso.

02 - Qual era o nome do centurião que morava em Cesaréia?
Resposta: Cornélio.

03 - Que judeu, natural de Alexandria, o qual era um eloqüente (grande)
pregador, chegou a Éfeso no início da terceira viagem missionária de Paulo?
Resposta: Apolo.

04 - Quantos dias Saulo ficou sem enxergar nada?
Resposta: Três dias.

05 - Qual era o nome do mágico que iludia o povo de Samaria?
Resposta: Simão

06 - Em que língua Paulo fez a sua defesa após ter sido espancado pelo povo
de Jerusalém e ter sido preso?
Resposta: Em hebraico.

7 - Em que cidade Paulo palestrou para os presbíteros, os pastores de
Éfeso?
Resposta: Em Mileto.

08 - Quem morreu dizendo: "Senhor, Jesus recebe o meu espírito. Senhor, não
lhes imputes este pecado"?
Resposta: Estevão.

09 - Quem estava lendo o livro de Isaías quando foi encontrado por Filipe?
Resposta: O eunuco ou etíope.

10 - Qual foi a profecia que Ágabo, inspirado pelo Esp. Santo, fez em
Antioquia?
Resposta: Ele previu que haveria grande fome por todo o mundo.

11 - Para que governador Paulo levou uma carta escrita pelo comandante
Cláudio Lísias?
Resposta: Governador Félix.

12 - Que jovem adormeceu durante um longo sermão de Paulo e caiu de uma
janela?
Resposta: Êutico.

13 - Para quem foi dito a seguinte frase: "Crê no Senhor Jesus e serás
salvo, tu e tua casa"?
Resposta: Ao carcereiro.

14 - Onde aconteceu a conversão de Saulo?
Resposta: No caminho para Damasco.

15 - Quem era Drusila?
Resposta: A mulher do governador Félix.

16 - Quem faleceu comido por vermes?
Resposta: Herodes (Agripa I).

17 - Quem disse: "Estás louco, Paulo. As muitas letras te fazem delirar"?
Resposta: Festo.

18 - O que aconteceu por volta da meia-noite na prisão onde estavam Paulo e
Silas?
Resposta: Eles oravam e cantavam, quando veio um terremoto que abriu todas
as celas.

19 - Em Corinto, Paulo encontrou um casal que havia recém chegado da
Itália, após o imperador Cláudio ter decretado que todos os judeus se
retirassem de Roma. Quem era este casal?
Resposta: Áquila e Priscila.

20 - Certa vez o apóstolo Paulo estava pregando, e ao falar a respeito da
ressurreição dos mortos, muitos duvidaram, tiraram sarro e disseram: "A
respeito disso te ouviremos noutra ocasião". Em que cidade isto aconteceu?
Resposta: Em Atenas, na Grécia.

21 - Quem foi ressuscitado por Pedro na cidade de Jope?
Resposta: Dorcas ou Tabita

22 - Quem curou Saulo em Damasco?
Resposta: Ananias

23 - Qual era o nome da ilha onde Paulo e os tripulantes do navio que
rumava para a Itália chegaram após o naufrágio?
Resposta: Ilha de Malta.

24 - Quem foi chamado de Deus-Mercúrio pelos moradores da cidade de Listra?
Resposta: Paulo.

25 - O que aconteceu com Paulo na ilha de Malta?
Resposta: Foi picado por uma víbora, mas nada lhe aconteceu.

26 - Qual o nome da mulher da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura que
foi convertida após a pregação de Paulo?
Resposta: Lídia.

27 - O que fizeram Ananias e Safira para receber como castigo a morte?
Resposta: Venderam uma propriedade e não deram a sua devida oferta.

28 - O nome desta pessoa significa: filho de exortação, ele era levita,
natural de Chipre?
Resposta: Barnabé.

29 - Quem disse: "Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a
qual se tornou a pedra angular"?
Resposta: Pedro.

30 - Quem foi escolhido como apóstolo para o lugar de Judas?
Resposta: Matias.


COMO FAZER A GINCANA:


Cada resposta certa vale 10 pontos (corrigir na hora, após a
divulgação da resposta)

Rev. Alessandro Souto - Caxias do Sul - RS

Gincana Bíblica (01)

GINCANA BÍBLICA PARA JOVENS (10 pontos cada)

1. Quem batizou Jesus?
Resposta: João Batista
2. Qual foi o castigo que Deus mandou por ocasião da construção da torre de
babel?
Resposta: Misturou (confundiu) as línguas
3. Quantos livros têm o Novo Testamento e o Antigo Testamento?
Resposta: Antigo Testamento 39 livros e o Novo Testamento 27 livros.
4. Como eram os nomes dos 3 filhos de Noé?
Resposta: Sem, Cão e Jafé. (Conforme Gênesis 6. 9 - 10)
5. Cite pelo menos três das doze tribos de Israel:
Resposta: Rúben, Simeão, Levi, Judá, Issacar, Zebulom, Benjamim, Dã, José,
Naftali, Gade e Aser. ( Conforme Êxodo 1 )
6. Qual foi a profissão de Mateus antes de ser discípulo?
Resposta: Cobrador de impostos
7. O que estava escrito no alto da cruz de Jesus Cristo?
Resposta: Jesus, Nazareno, Rei dos Judeus
8. Quais os livros da Bíblia escritos por Jesus?
Resposta: Nenhum
9. Cite seis ( 6 ) dos doze discípulos de Cristo:
Resposta: Simão Pedro, André, Tiago – filho de Zebedeu, João, Judas, Mateus
ou Levi, Filipe, Bartolomeu, Tiago filho de Alfeu, Tomé, Simão o Zelote e
Tadeu. ( Conforme Mateus 10. 1 – 4 )
10. Quem é o autor do livro de Atos?
Resposta: Lucas – o mesmo que escreveu o Evangelho. ( Conforme Lucas
1 e Atos 1 )
11. O que é o PENTATEUCO?
Resposta: São os cinco primeiros livros da Bíblia – Gênesis, Êxodo,
Levítico, Números e Deuteronômio, os quais foram escritos por Moisés.
12. Qual é o nome do último livro do AT?
Resposta: Malaquias
13. Segundo a Bíblia, qual foi o homem mais sábio que já existiu no mundo?
Resposta: Salomão
14. Qual era a profissão de Lucas, discípulo de Jesus?
Resposta: Médico
15. Qual o jovem que ficou pendurado numa árvore por causa de seus cabelos?
Resposta: Absalão
16. Qual foi o primeiro milagre de Jesus?
Resposta: Transformou água em vinho, no casamento em Caná da
Galiléia.(Conforme João 2. 12)
17. Quem foi transformado numa estátua de sal?
Resposta: A mulher de Ló
18. Como se chamava o casal que tentou enganar a Deus ao trazer parte do
dinheiro da venda de um campo como oferta afirmando ser todo o dinheiro?
Resposta: Ananias e Safira. ( Conforme Atos 5. 1 – 11 )
19. O nome do Rio no qual Jesus foi batizado?
Resposta: Rio Jordão
20. Em que lago ou Mar Jesus andou sobre ele?
Resposta: Mar ou lago da Galiléia.
21. Qual o nome do Imperador que decretou um recenseamento na época de
Jesus nascer, fazendo José e Maria irem até Belém?
Resposta: César Augusto
22. Qual o nome do personagem bíblico, de pouca estatura, que subiu numa
árvore para ver Jesus?
Resposta: Zaqueu. ( Conforme Lucas 19. 1 -10 )
23. Quem foi quase sacrificado pelo seu pai?
Resposta: Isaque
24. Quem foi encontrado numa cesta no rio Nilo?
Resposta: Moisés
25. Como era o nome do Monte onde a arca de Noé "repousou"?
Resposta: Monte Ararate. ( Conforme Gênesis 8. 4 )

ATIVIDADES (30 segundos cada - vale 10 pontos cada atividade)
1. Componente do grupo com maior quantidade de peças de roupa.

2. Pente com maior número de dentes.

3. Cinto com maior número de furos

4. Grupo com maior número de brincos

5. Listar nomes da Bíblia que iniciam com a letra "A". Vence a equipe que
listar em um papel o maior número de nomes e entregar primeiro. (Amós,
Ageu, Atos, Apocalipse)

6. O Representante do grupo que tiver o menor nome.

7. O Representante do grupo que tiver o maior nome.

8. Escrever em um papel o nome completo do Presidente da República.

9. Um voluntário. Tapar os olhos. Girar. Alvo no quadro. Marcar com giz.

10. O grupo tem que trazer o maior fio de cabelo

11. Peça de roupa com o maior número de botões

12. O grupo que tiver o maior número de moedas de R$ 0,05.


BRINCADEIRAS: (vale 20 pontos cada brincadeira)

* dança da cadeira;

* colocar dentro de um balão um versículo bíblico com as palavras
recortadas. A pessoa a uma certa distância do restante do seu grupo, deve
encher o balão até estourar, pega as palavras e vai ao encontro do resto e
monta os versículos;

* ENCHER O BALÃO: Cada equipe deverá indicar um participante. Será
disponibilizado 1 balão, 1 prato de farinha de trigo e 1 prato com água. Os
participantes deverão com as mãos para trás molhar o rosto na água e após
na farinha, pegar o balão e enche-lo até estourar. Vencerá a equipe que
primeiro estourar o balão. (fazer isso com duas pessoas de cada grupo)

* descascar a laranja sem quebrar a casca, ganha a q ficar maior;

* a pessoa corre até a cadeira com o balão na mão, senta e estoura, volta e
pega outro e o estoura; (1 guri de cada grupo e depois uma guria de cada
grupo)

* brincadeira da música onde o grupo adversário diz uma palavra e o outro
grupo precisa cantar alguma música com a mesma;

* Sopro-ping (2 gurias ou guris de cada grupo ficam nas extremidades da
mesa e precisam fazer a bolinha ultrapassar o risco que será feito em cada
lado. Ganha quem fazer cinco gols primeiro)

* Céu Terra Mar

PERGUNTAS GERAIS (10 pontos cada resposta)

1. Nome da árvore que deu origem ao nome do nosso País? (Pau Brasil)
2. Qual é o mês que tem 28 dias? (Todos)
3. Quanto tempo leva a lua para fazer uma volta em torno da terra? ( 4
meses).
4. Dizer o personagem bíblico a partir da pista fornecida
a) Uma funda, um bodoque (Davi)
b) Cabelos compridos (Sansão)
c) Estômago de um peixe (Jonas)
d) Construção do templo (Salomão)
e) Cova dos leões (Daniel)
f) Arca (Noé)
g) Uma sarça ardente (Moisés)
h) Discípulo incrédulo (Tomé)
i) Mulher que traiu Sansão (Dalila)
j) Anjo que anunciou o nascimento de João Batista (Gabriel)

5. Um esporte que começa com a letra E. (esgrima)
6. O 1º presidente a tomar posse em Brasília (Jânio Quadros)
7. Em que país o futebol teve origem? (Inglaterra)
8. O Nome do atual Presidente da IELB? (Paulo Moisés Nerbas)
9. Data da Proclamação da Independência do Brasil (07.09.1822)
10. Qual o animal que transmite a doença de chagas? (Mosquito barbeiro)

Rev. Alessandro Souto - Caxias do Sul - RS

segunda-feira, 9 de junho de 2008

10 de Junho - Dia do Pastor

A Ressaca do Pastor
Era segunda-feira de manhã. O pastor fora cedo ao seu gabinete de
estudo. No seu rosto se estampava preocupação, tristeza e desânimo. Em sua
mente se travava uma violenta luta entre a fé e a incredulidade. Era um
daqueles dias de ressaca, até não muito raros na vida de um pastor.
Grande insatisfação consigo mesmo, o martirizava. Sentia-se incapaz e
incompetente. Sentou-se a meditar e orar. Interrogava a Deus e não podia
esconder certa revolta contra os caminhos de Deus. Desconfiava de sua
própria fé. Será que creio de fato? Onde está o poder da fé? Onde está o
poder da Palavra? Será que Deus me abandonou. Bem o mereço.
Por que me tornei pastor? Deveria ter abraçado outra profissão. Será
que Deus me escolheu de fato ou a decisão foi um ato de atrevimento meu?
Será que estou no lugar certo? Meu chamado é a expressão da vontade divina
ou foi de certa forma minha cobiça? Por que Deus não me concede dons
melhores? Por que preciso perder tanto tempo na elaboração de um sermão ou
estudo bíblico? Já estudei tanto, mas esqueço tudo e preciso recomeçar
sempre de novo. Por que ainda caio em tantos e tantos erros e pecados.
Lutou até com certo remorso do seu sermão de ontem. Fui um fracasso total.
Acho que um dia a comunidade me mandará embora. Ainda ontem perdi a
paciência com alguns membros e fui áspero com eles. Domingo de manhã pedi a
Deus insistentemente sabedoria e bênção para o culto, mas parece que Deus
não me ouviu.
Por que tudo é tão difícil no ministério. Outros falam com tanta
facilidade, gabam-se do poder do Espírito Santo e de suas realizações, mas
eu não tenho nada disso.
Enquanto meditava, dialogava e discutiu assim com Deus e consigo
mesmo, folhava, vez por outra, a Bíblia na busca de uma luz, de um consolo.
Deparou então com um versículo: "Quando eu digo: Resvalou-me o pé, a tua
benignidade, Senhor, me sustém. Nos muitos cuidados que dentro em mim se
multiplicam, as tuas consolações me alegram a alma." (Sl 94.18,19) Ele
procurou compreender que consolação era essa. Notou que toda a força do
consolo está na graça de Cristo. O perdão nos consola. Nosso consolo não
está em nossas obras, realizações ou nosso poder. Lembrou-se como muitos
servos de Deus se queixaram amargamente de suas fraquezas e como todos
desejavam a completa libertação e ansiavam pelo dia no qual estariam livres
de sua natureza pecaminosa. Compreende melhor a palavra: "A minha graça te
basta." Importa confiar na palavra da graça. Enquanto estamos na carne,
precisamos lutar. Também os dias de nosso ministério são "canseira e
enfado". Não compreendemos os caminhos de Deus, mas sabemos que Deus nos
dirige sabiamente. Compreendeu que tudo é graça, também na vida
santificada. E que a vida santificada não se mede por nossas realizações,
por nossa satisfação ou vitórias, que julgamos ter alcançado, mas está
firmada na graça de Cristo. E a certeza do perdão não advém de nossas
experiências, mas do evangelho e dos sacramentos. Oh! Maravilhosa graça.
Lembrou-se então do hino: "Eu sei que Deus é sabedor das minhas faltas, meu
temor, mas pronto está a me valer, de todo o mal me proteger." (HL 414,
recitado conforme uma tradução antiga) Cristo que há pouco lhe parecia bem
distante, estava novamente bem presente. Que consolo.
Se Cristo muitas vezes desaparece de diante de nós e parece
ocultar-se, ele o faz unicamente para nos manter humildes, para nos guardar
do orgulho, levar-nos ao arrependimento, fazer-nos ver que tudo é graça,
sem nenhum merecimento ou dignidade de nossa parte. Somo mendigo, disse
Lutero, falando em fraqueza a fracos mendigos da riqueza que nos é confiada
por Cristo, que nos alegra. Este reconhecimento é obra do Espírito Santo. O
Espírito Santo glorifica Cristo em nossos corações. Reconhecer a graça de
Cristo, alegrar-se na graça de Cristo é estar cheio do Espírito Santo.
Ele compreendeu também que, mesmo sendo nosso dever buscar crescer
sempre na fé e na vida santificada, o grau de fé difere de pessoa para
pessoa. O grau de fé pertence às coisas a respeito das quais pedimos: "Seja
feita a tua vontade." Em seus caminhos insondáveis, Deus concede medida
diferente de fé. E nosso consolo, nossa alegria não está no grau de fé, no
grau de nossa vida santificada, no número de realizações e vitórias que
julgamos ter obtido, mas unicamente na graça de Cristo. E para evitar que
nos envaideçamos, Deus, por vezes, oculta sua graça de nós. Então caímos em
profunda tristeza e desespero. Reconhecemos nossa pecaminosidade e
nulidade, para voltar arrependidos à graça e nos alegrar nela.
Enquanto o pastor voltava a ser reerguido pela graça e agradecer por
ela a Deus, alguém bateu à porta.
- Entre - disse ele. Era a senhora Jussara.
- Bom dia, pastor.
- Bom dia Dona Jussara. Em que posso lhe servir?
- Não, nada. Estava passando por aqui, então me lembrei em lhe agradecer
pelo sermão de ontem. Sabe, pastor, tínhamos muitas perguntas sobre este
assunto que o senhor abordou no sermão, a Predestinação. O senhor foi muito
feliz em seu sermão. Após o culto comentei com várias pessoas, todos
gostaram muito. Vim lhe agradecer e pedir se possível voltar a esse tema na
próxima reunião do Departamento Feminino. É possível?
- Pois, não. Alegro-me em ouvir isso.
Após alguns comentários, a senhora Jussara se despediu. O pastor
estava refeito. Ao levantar a cabeça, seus olhos caíram sobre seu chamado
emoldurado na parede. Leu-o, novamente e disse: Amém. Sim, Deus quer que eu
trabalhe aqui, apesar de minhas fraquezas. Seus poder se aperfeiçoa na
fraqueza. Nós não nos firmamos em nosso saber e nossos dons, mas na
Palavra, pela qual o Espírito Santo trabalha "quando e onde lhe apraz".
Assim é a vida não somente do pastor, mas de todo o cristão. Há lutas,
há fraquezas. Nossa carne nos dá trabalho cada dia. E nossa consciência nos
acusa. Nestes momentos, em que a consciência nos acusa de pecados, cabe nos
buscar refúgio na graça de Cristo. Pois pecados não se trata com conselhos,
nem com bons propósitos. O pecado precisa morrer, por confissão e
arrependimento e o novo sair e ressurgir, pela força do evangelho, novo
homem, que viva em justiça e pureza diante de Deus eternamente.
Que privilégio ser pastor. Poder descansar cada dia em Cristo. A ele
levamos nossas preocupações, fracassos e ansiedades. Ele nos dá descanso. –
Abençoado Dia do Pastor.
São Leopoldo, 09/06/2008
Horst R. Kuchenbecker

Mt 10.24-33 - Sermão

Mateus 10.24-33. 5° Domingo após Pentecostes

Introdução
Jesus prepara seus discípulos para a missão no mundo. Isto vale para os
cristãos de todos os tempos até o dia derradeiro.
Missão é um tema constante na congregação cristã, pois missão é uma
de suas principais finalidades.
Certa vez, ao preparar um grupo de membros para a distribuição de
folhetos, eles saíram com muito ânimo e entusiasmo. Mas alguns voltaram
desanimados. Eles foram ridicularizados, seus folhetos rasgados e jogados
fora na frente deles, etc. Isto não deveria ser novidade para eles. Jesus o
predisse.
Nós vivemos, aqui no Brasil, num país de liberdade religiosa, mas em
muitos países cristãos estão sofrendo violenta opressão por causa de sua fé
em Cristo. Há países, nos quais testemunhar de Cristo é punido com prisão e
pena de morte. Países que proíbem a construção de igrejas cristãs; sim,
proíbem reuniões para estudos bíblicos ou cultos. Onde cristãos precisam se
reúnem às escondidas, sabendo que se forem descobertos, correm risco de
vida. E interessante, exatamente nesses países o cristianismo está
crescendo.
As estatísticas mostra que no ano passado (2007) o número de cristãos
assassinados e martirizados, por causa de sua fé, bateu o recorde, foi o
mais alto de que se tem notícias.
No presente evangelho Jesus diz a seus discípulos:
1. Suportem com paciência a ingratidão e o ódio do povo contra Cristo;
2. Sede prudentes;
3. Lembrai-vos do galardão celestial.

1) Suportai.
Ao enviá-los ao mundo para a proclamação do amor de Deus revelado em
Cristo, Jesus lhes disse que serão odiados, mas eles deveriam suportar com
paciência e não precisariam temer, pois ele, Jesus, estaria ao lado deles.
Deus providenciou maravilhosa salvação por meio de Jesus. Esta era a
missão de Jesus, salvar a humanidade. Apesar dos milagres que Jesus fez,
curando doentes, expulsando demônios, saciando famintos, sua principal
missão não foi erradicar a pobreza e a miséria do mundo, curar todos os
doentes, proporcionar às pessoas uma vida feliz aqui na terra. Sua missão
foi reconciliar a humanidade com o Pai. Pagar, como nosso substituto, a
culpa da humanidade, livrar do poder do diabo e da morte. Em outras
palavras, abrir a porta do céu, para que todo o que nele crê não pereça,
mas tenha a vida eterna. (Jo 3.16) Jesus disse a seus discípulos que por
muitas tribulações lhes importava entrar no reino dos céus (At 14.22) E
neste evangelho lhes dá detalhes sobre isto.
Jesus dirige os olhos de seus discípulos para o futuro, até o dia do
juízo final e lhes mostra o que os aguarda.
- Ele os envia como ovelhas ao meio de lobos. (v.16) Eles serão levados
diante de tribunais dos judeus e dos gentios. Até seus próprios familiares
os denunciarão. (v.36)
- Serão odiados por causa do nome de Jesus. (v.22) Imaginam! Em Atenas bem
como em Roma eram adorados centenas de ídolos. Ninguém era perseguido por
causa de sua religião, mas o nome de Jesus, o verdadeiro Deus, foi odiado,
bem assim seus seguidores. E Jesus lhes disse: Se me odeiam e me levarão à
morte de cruz, vocês não precisam esperar algo diferente. O discípulo não
está acima do seu mestre. (v.25)
- Eu vim para lançar fogo sobre a terra e bem quisera que já estivesse a
arder. (Lc 12.49) Este é o fogo da tribulação e da perseguição. E ele
desejava – imaginem – que já ardesse, pois, isto servirá para o bem de sua
igreja, a purificação de seus fiéis. Não temais! A confiança de que Jesus
sabe o que é para o bem dos seus, lança fora o medo. (v.26)

2) Sede prudentes (v.16)
Sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas. (v.16) Eles
devem ser cuidadosos. Não devem se colocar desnecessariamente em perigo.
Simples, isto é, sinceros, fiéis. Não neguem a verdade, procurando agradar
às pessoas. Sede fiéis a Jesus, proclamando sua palavra com fidelidade. Não
temais os que podem matar o corpo e não podem matar a alma; temei antes
aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo. (v.28)
Cuidem, por isso, para não negarem o Filho do homem. Pois, quem ama seu pai
ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim. (v.37) Aqui importa tomar
a sua cruz sobre si e seguir a Jesus, e não temer o ódio das pessoas do
mundo. Jesus estará ao lado dos seus, para amparar e fortalecê-los. Não
temais! Esta palavra com seus sinônimos aparece mais de 300 vezes na
Bíblia.

3) Jesus os consola com a promessa do galardão celestial.
Quando vocês serão levados diante os tribunais e reis e martírio, o
Espírito Santo vos dará o que deverão dizer. Pedimos em nossos cultos: Abre
Senhor os meus lábios e a minha boca entoará o teu louvor. (Sl 51.15)
E então dirige seus olhos para a glória futura, que lhes está
reservada. E até lá a palavra soará em todo o mundo, até que ele venha em
glória para julgar vivos e mortos.
E devem lembrar: Quem vos recebe a mim me recebe, recebe aquele que me
enviou. (v.40)
Quando fixamos a glória celestial, então teremos forças para suportar
as desavenças, o ódio do mundo e até o martírio. Sejamos, pois, corajosos
no anunciar a palavra de Deus, chamar ao arrependimento e à fé, apontando a
vinda de Cristo para julgar vivos e mortos. Sejamos abundantes em nosso
ofertar para podermos cumprir cada vez melhor a missão de enviar obreiros e
missionários e mantê-los para a expansão do reino de Deus. Não temais!
Amém.

São Leopoldo. 07/06/2008
Horst R. Kuchenbecker