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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Nas mãos do Mestre

Como é difícil aceitar fatos dolorosos na vida. Você já deve ter se
perguntado: Por que logo eu? Por que esta doença? Por que o desemprego
justo agora? Por que tanta desgraça me cerca?
Há algumas semanas visitei alguns artesãos, ceramistas pelo interior do
estado, e me chamou a atenção o intenso processo que cada um utiliza para
produção de suas verdadeiras obras de arte. Um método que vai desde a
seleção do barro apropriado, passando por um longo tempo em que o mesmo
fica descansando, podendo chegar até dois anos, para então estar maduro e
pronto para ser amassado. São longas e cansativas pisadas para só então
iniciar a fase do trabalho das mãos.
Dar vida a algo frio, sem vida e valor. Este é o objetivo do Mestre! Ele
bate, molha, quebra, coloca de lado, faz a base e muitas vezes precisa
amassar e refazer tudo novamente. São muitas horas de dedicação, até que
finalmente as peças estão prontas para irem ao forno, quando não mais
poderão voltar ao estágio anterior.
Que lição! Um filme passou na minha cabeça enquanto observava a paciência e
cuidado daquelas experientes pessoas, que com mãos calejadas moldavam. Como
este exemplo se relaciona à nossa vida? No amadurecimento, formação de
valores, aprendizado? Na verdade, cada experiência faz parte de um longo
processo, um ciclo que muitas vezes não volta, mas que precisa ser
vivenciado e encarado a fim de crescer, aprender e nos tornar valiosos.
Por isso, faz diferença saber e conhecer qual Mestre nos molda e
dirige."Então eu fui e encontrei o oleiro trabalhando com o barro sobre a
roda de madeira. Quando o pote que o oleiro estava fazendo não ficava bom,
ele pegava o barro e fazia outro, conforme queria. Aí o SENHOR me disse: -
(...) Vocês estão nas minhas mãos assim como o barro está nas mãos do
oleiro. Sou eu, o SENHOR, quem está falando" Jeremias 18.4-6.
Nossa vida é uma constante moldagem. Uns acreditam que seja de acordo com
a vontade de Deus, outros pelo destino, alguns por si próprios. Isso
reflete a maneira de como cada um lida, reage e enfrenta cada fase do
processo. A conclusão que tirei de um passeio tão agradável foi esta: faz
toda a diferença no produto e valor finais saber nas mãos de qual mestre
fomos moldados, amassados e criados.
Faz diferença saber que as dificuldades, os problemas, até mesmo as
desgraças, não são castigos que Deus nos impõe, mas oportunidades para
confiar, crescer e amadurecer na fé naquele que deu sua vida, para que a
nossa tivesse valor (1ª Timóteo 2.6).
No "atelier" do Senhor, não há motivos para esmorecer, pois temos a
promessa de que em cada fase da vida, "todas as coisas cooperam para o bem
daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu
propósito" (Romanos 8.28).

Pastor Márlon Hüther Antunes, Maceió