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sexta-feira, 10 de julho de 2009

Mateus 25.14-30 - Usando bem o que recebemos de Deus, multiplicamos suas bênçãos!

Na parábola que acabamos de ouvir, Jesus nos mostra como será o Reino do Céu, mostrando como três empregados usaram o dinheiro que receberam de seu patrão enquanto este estava viajando, e como foi depois a prestação de contas.
É bom esclarecer logo: o que Jesus está dizendo é que é assim que acontece com a gente, os cristãos – o patrão representa Deus e os empregados que receberam dinheiro para administrar somos nós, todos nós que fomos batizados e nos chamamos de cristãos.
A Bíblia nos mostra que Deus nos deu vários talentos, bens e dons para que pelo seu uso possamos cumprir seu propósito em nossas vidas e ajudar a trazer mais e mais pessoas para a fé em Jesus e a sua salvação. A maneira como nós usamos esses dons vai mostrar se somos ou não administradores fiéis das bênçãos que recebemos.
Na parábola, dois empregados trabalharam bem e fizeram o dinheiro do patrão dobrar, e por isso foram elogiados e recompensados, ganhando mais dinheiro ainda para cuidar e indo festejar com o patrão.
O outro empregado não quis dar duro e preferiu esconder o dinheiro. Como não o fez render, levou uma bronca do patrão e ainda foi jogado para fora, na escuridão, perdendo o dinheiro que já tinha.
Assim somos nós: uns procuram usar o que receberam de Deus da melhor maneira, tentando multiplicar as bênçãos, isto é, servindo a Deus para levar mais e mais pessoas a Jesus e ajudando sua Igreja e seu Reino a crescer.
Outros são acomodados ou frios e não colocam seus dons a serviço de Deus, usando as bênçãos só para si mesmos. Esses correm o risco de perder as bênçãos e, se não mudarem de atitude, ser jogados fora por Deus no dia do juízo.
Em qual desses grupos nós nos encaixamos? Como você acha que Deus avalia a sua vida de cristão hoje – ele chamaria você de servo trabalhador ou de servo preguiçoso?
Hoje teremos nossa assembléia com eleição da nova diretoria. São poucos os que vão ser eleitos – 9 pessoas que vão trabalhar na diretoria. E as outras 350 que temos na paróquia, o que vão fazer? Nada?
Pelo contrário! No reino de Deus e na Igreja, que é o corpo de Cristo, há trabalho e oportunidade para todos servirem a Deus – crianças, jovens, adultos e idosos. E todo o serviço a Deus tem como objetivo fazer o Reino de Deus crescer, levar Cristo para todos.
Um membro de nossa igreja disse o seguinte: "a Igreja Luterana vai crescer a partir do momento em que seus membros aprenderem a dedicar 10 a 15 horas por semana para o trabalho da Igreja, ao invés das duas horas dominicais".
Assim, meus irmãos, todos nós recebemos muitas bênçãos de Deus – tempo, dons, dinheiro, bens, corpo, inteligência e, usando-as bem, vamos multiplicar suas bênçãos para os que estão ao nosso redor. Vocês que não vão ser eleitos hoje também terão muito que fazer, seja como professores de escola bíblica, líderes de estudo bíblico, visitadores, evangelistas, líderes de jovens, participantes do coro, músicos, zeladores do patrimônio e tantas outras coisas que envolvem o trabalho da Igreja de Cristo, que fazemos tanto aqui na igreja como em nossas casas e na vida diária, como testemunhas de Jesus.
No time de Deus ninguém fica no banco de reservas – todos jogam e todos têm uma função. Deus é o técnico, o patrão que um dia vai pedir contas do que fizemos com as bênçãos que Ele nos deu. Para quem quer servi-lo, como Jesus nos serviu, Ele promete dar forças e acompanhar sempre, como diz o nosso lema.
Deus tem uma tarefa para cada um de nós e espera que cada um faça sua parte, não importa se temos um cargo ou não. Para concluir, vou ler uma poesia que mostra isso claramente (Paul Laurence Dembar, in Proezas da Mordomia Cristã, Concórdia, 1977, pp. 38-39).

Jesus tinha algo pra mim, mas eu tinha muito a fazer.
Falei: "Pega outro ou espera – até que eu acabe, pode ser?"
Não sei se Jesus se arrumou, mas parece que tudo deu bem.
Entretanto senti dentro de mim a certeza de que algo falhou.

Um dia a Jesus chamei, era eu quem queria e já!
Ele nunca resposta deu, mas eu pude ouvi-lo falar
bem dentro do meu coração: "Ó negro, tenho muito a fazer –
pega outro ou espera que eu possa esse serviço acabar!"

Se Jesus tem algo pra mim eu nunca procuro escapar.
Deixo tudo o que estou a fazer pra meu Senhor agradar.
E meus negócios que esperem ou podem também acabar.
Ninguém vai fazer pra mim o que Jesus me mandar
.  

Jesus deixou tudo para vir ao mundo nos salvar. Nós então, movidos pelo seu amor, usando bem o que recebemos de Deus, multiplicamos suas bênçãos! Amém.

Pastor Leandro Daniel Hubner

Dons, talentos e habilidades

Cada cristão tem talentos, dons e habilidades - e estes não dependem de sua própria escolha. Deus dá a cada um conforme a sua vontade: dons e talentos. Jesus fala em oportunidades para servir ( Ler Mt 25.15), na parábola dos talentos.
Como membros de uma igreja, de um departamento devemos observar freqüentemente o "mercado de trabalho" da igreja e procurar descobrir as habilidades e os dons que Deus nos deu. Cada dom que Deus deu, mesmo o menor, é muito importante dentro de sua igreja. E Deus espera que até mesmo os dons menos expressivos sejam usados em seu Reino aqui no mundo. Em sua sabedoria e conhecimento, Deus sabe exatamente quantos dons Ele deu e a quem os concedeu. E certamente Ele irá pedir contas para nós naquilo em que Ele nos capacitou.

Tem se constatado que nossas igrejas, nossas congregações tem sofrido um grave caso de desemprego; poucos querem se envolver no trabalho, poucos querem se colocar a disposição para servir. Um punhado de pessoas fazem a grande maioria do trabalho, enquanto a maioria fica parada olhando, às vezes ainda criticando, mas muitas vezes só na indiferença mesmo. (parece aquela história do ônibus: tem o motorista que conduz o carro, o cobrador que lhe auxilia, e os passageiros ficam apenas sentados, olhando e muitas vezes reclamando de uma manobra mal feita pelo motorista ou quando este não conseguiu desviar um buraco causando um solavanco no ônibus. A igreja deve ser um barco a remo onde todos ajudam a remar e conduzir o barco).
Muitos querem vir à igreja, marcar sua presença, fazer a sua "obrigação", por assim dizer, sem se envolver de uma forma mais profunda no trabalho, na missão, na administração.
Os dons são dados por Deus, e não há distinção ou privilégios para os mais dotados de dons. Um círculo pequeno não é menos perfeito que um grande! Assim as pessoas de um e dois talentos estão plenamente equipados para fazer o trabalho que o Senhor lhes confia dentro daquilo que possuem e conseguem. Não é necessário termos 5 ou 10 dons para servirmos ao Senhor.
Assim a pergunta que cada cristão precisa fazer neste assunto é: O QUE ESTOU FAZENDO COM O MEU TALENTO? E não: quantos talentos tenho? Quantos talentos Deus me deu? Deus não vai exigir de nós mais do que aquilo para o que Ele nos equipou. Mas, naquilo que Ele nos concedeu Ele vai querer saber: o que você fez com este dom ou com os dons que eu te dei???
Todos nós prestaremos contas diante do tribunal de Cristo pelo uso de nossos talentos: pela qualidade, não pela quantidade; pela fidelidade, não pela fama.
O maior de todos os dons que nos são dados, é a fé. Esta fé que recebemos como dom, como presente de Deus precisa ser exercitada diariamente, de várias formas: através de devoções, leituras bíblicas, participação em estudos bíblicos, no culto congregacional, no exemplo para os outros, no testemunho, e também como um líder dentro da congregação, de um departamento e no distrito. Esta fé precisa produzir frutos que mostrem ao mundo: eu sou cristão e vivo como tal.
Quando não estamos cheios do amor de Cristo, a participação na Igreja é cansativa e chata. Participar de uma reunião não passa de uma obrigação e feita com sacrifício. Orar, ouvir, louvar e cumprimentar um irmão é um sacrifício para muitos na igreja. Não há prazer nem alegria nisto. Pequenas tarefas se tornam extremamente desagradáveis quando não temos a correta motivação. Tudo aquilo que eu faço na igreja, não serve para aparecer para os outros, não serve para mostrar que eu tenho algum tipo de poder e domínio sobre os outros. Eu trabalho, eu sirvo na minha igreja por causa do meu Senhor, por causa de tudo aquilo que Ele fez, faz e representa para mim.
É uma pena quando olhamos para muitas igrejas, e vemos nelas poucas pessoas realmente trabalhando pelo Evangelho de Cristo, ou produzindo frutos sem ter o alicerce principal: Jesus e a Palavra de Deus.
São os dois problemas mais freqüentes na igreja cristã: no nosso meio, a falta de envolvimento e participação, e em outros meios a motivação errada. A motivação correta é o amor de Deus por nós revelado em Cristo Jesus. Nós servimos em resposta de gratidão a este grande amor de Deus.
Muitas pessoas não servem a Deus em sua igreja e muitas abandonam a igreja, não lhe dão o devido valor. Foi feita uma pesquisa sobre o abandono dos membros nas principais igrejas cristãs (excluindo a igreja católica e as pentecostais). A probalidade do desligamento de crianças até 13 anos é pequena (2,6 %); a média de abandono alcança o seu máximo entre os jovens (até 20 anos) (15,5 %); a média cai para 9,11 % para pessoas entre 20 a 25 anos; cai para 4,6 % na idade de 25 a 54 anos; e então volta para o mesmo nível das crianças, para aqueles que passam dos 55 anos. É bem aquela idéia: igreja é coisa de criança ou de velho, de pessoa idosa.
As pessoas que se formam no Ensino Médio (2o grau) abandonam a igreja duas vezes mais facilmente do que aqueles que não se formam. Parece que, ao receber mais educação escolar, as pessoas se tornam mais donas de si e constroem as suas próprias verdades, os seus próprios valores.
Agora, o que se ensina nas escolas e nas universidades em termos científicos: a negação de Deus, de seu poder, de sua obra. O sucesso e a própria vida depende de você, você é capaz de sozinho superar todos os seus problemas, etc.
Quando Jesus levantou-se e lavou os pés dos discípulos naquela história relatada no Evangelho, Ele estava como que dizendo: "Olhem, vocês estão esquecendo da tarefa comum, rotineira e simples, porém importante, que é a de servir uns aos outros, e de demonstrar amor!"
(Ler Lucas 16.10) Jesus disse: "Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito". Se eu tenho muitos dons, preciso ser fiel com vários dons, e se eu tenho um ou dois dons, preciso ser fiel nestes um ou dois dons. É claro que aqui nós poderíamos faze outras aplicações também: no caso da nossa oferta a Deus por exemplo. É preciso ser fiel no pouco para ser fiel no muito.

Nossos dons precisam estar constantemente a disposição do Senhor. Ele deseja que cada um dos seus filhos use com todo o amor e dedicação aquilo que Deus lhe concedeu e capacitou, lembrando sempre que tudo o que fazemos no Reino de Deus não é para agradar e aparecer para as pessoas, mas para servir unicamente ao Salvador de nossas vidas. "a vida cristã é um privilégio, trabalhar para o Senhor é algo extremamente gratificante". Se eu não for cristão, eu estou perdido e condenado. Por isso vou viver este cristianismo servindo em minha igreja, em minha congregação, vou agradecer a Deus desta forma também.
É importante frisar e deixar claro que quem nos capacita para realizarmos toda boa obra é sempre o próprio Deus. Nunca eu conseguirei realizar algo por iniciativa própria sem ser capacitado por Deus mesmo. O principal e mais importante todos já temos: a Salvação pela fé em Jesus Cristo. Basta agora continuar nos colocando a disposição do Senhor para servi-lo. Amém.

ESTUDO PARA VISITA DA DIRETORIA DISTRITAL DE LEIGOS

Pastor Alessandro Souto

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Jó, uma interpretação do sofrimento humano - Teatro

Personagens: Narrador, Jó, Elifaz, Bildade, Zofar, Eliú, mulher de Jó, filhos de Jó (se possível, sete homens e três mulheres), quatro empregados.

Cenário: Nenhum

Material: Vestimentas típicas da época; dois canhões de luz (pelo menos), aparelho para reprodução de áudio (sugere-se que a narração e as músicas sejam gravados).

Tempo: 25 minutos


ATO I

Palco - Cortina fechada

- Música - 1 minuto

- Narrador

O livro bíblico de Jó trata do sofrimento humano. Jó era um homem bom, rico e feliz. Mas Deus permitiu que ele, da noite para o dia, perdesse os filhos, as suas riquezas, e que fosse atacado por uma doença dolorosa e nojenta.

Em meio ao sofrimento, Jó conversa com amigos, procurando encontrar explicações para toda a sua desgraça.

Por que Jó está sofrendo? Como Deus permitiu que tanta desgraça o afligisse? Será que o sofrimento sempre é resultado do pecado?

- Música - 15 segundos

- Narrador

Diz a Bíblia que em uma terra chamada Uz morava um homem chamado Jó. Ele era bom e honesta. Temia a Deus e procurava não fazer nada de errado. Jó tinha diversos filhos e era o homem mais rico do oriente.

- Música - 15 segundos

- Palco: Cortina aberta. Pouca luz. Entram os 10 filhos de Jó. Passam lentamente pela frente do palco, em fila indiana. Saem pelo palco pelo lado oposto. Em seguida, retornam pelo centro do palco e, lado a lado, ficam de frente para a platéia, estáticos. Toda luz.

- Narrador

Os filhos de Jó iam às casas uns dos outros e davam banquetes, diz a Bíblia.

- Palco/Música: Terminada a narração, entra Música típica do oriente. Os filhos de Jó passam a movimentar-se coreograficamente em todo o palco – alegres, gestos largos, como se estivessem em uma festa. Mas em silêncio. Terminada a música, todos permanecem estáticos, como estavam no momento do término da música.

- Narrador

Quando terminava uma rodada de banquetes, Jó se levantava de madruga e oferecia sacrifícios em favor de cada um dos seus filhos, para purificá-los. Ele sempre fazia isso porque pensava que um dos seus filhos poderia ter cometido algum pecado.

- Música - 15 segundos

- Palco: Terminada a narração, os filhos se postam lado a lado à frente do palco e de costas para a platéia. Na sequencia, entra Jó (idoso e bem vestido). Ele passa lentamente em frente dos seus filhos, os quais, um após o outro, se inclinam em reverência ao pai. Após passar por todos eles, Jó vai ao centro do palco, estende os braços (por uns 10 segundos)como um gesto de bênção. As luzes se apagam. Os filhos saem. Jó se senta no chão.

  

ATO II

Narrador

Certo dia, Satanás chegou diante de Deus.

Palco: Pouca luz. Terminada a narração, dos fachos de luz iluminam o fundo do palco – fixos, lado a lado. Iniciado o diálogo (cerca de 10 segundos após os fachos se acenderem) entre Deus e Satanás, os fachos se movimentam lenta e aleatoriamente pelo parede do fundo do palco. O diálogo pode ser gravado.

Diálogo entre Deus e Satanás

- Deus: De onde você vem, anjo pecador?

- Satanás (um tanto debochado): Ah, Senhor, estive dando uma volta pela tua bela terra, passeando por aqui e por ali.

- Deus: Se isso é verdade, então você deve ter visto meu servo Jó, não viu?  No mundo inteiro não há ninguém que seja tão bom e honesto como ele. Ele me teme e procura fazer tudo certo.

- Satanás (irônico e desafiador): Ah, então ele é um servo fiel?  Será que ele não faz isso por algum interesse?  Não será, por acaso, por causa de todas as riquezas e bênçãos que o Senhor dá para ele?  Tenho certeza de que se o Senhor tirar tudo isso dele, ele vai lhe amaldiçoar sem nenhum respeito!

- Deus: Duvido disso!  Faça o que quiser com tudo o que Jó tem, mas não faça nenhum mal a ele mesmo.

Música (antecipando uma tragédia) - 15 segundos

 

ATO III

Palco: Pouca luz. Jó ainda sentado no palco. Facho de luz sobre ele. Entram os empregados, um após o outro, em um impacto crescente.

Empregado 1 (Apressado, esfolegante)

- Senhor, nós estávamos arando a terra com os bois, e as jumentas estava pastando ali perto. De repente... ladrões... nos atacaram e levaram tudo!  Mataram todos!... só eu consegui escapar!

Empregado 2 (Da mesma forma, interrompendo o Empregado 1. Jó já um tanto assustado.)

- Raios caíram do céu e mataram todas as ovelhas e todos os pastores!

Empregado 3 (Da mesma forma. Jó, já bastante assustado, se levanta.)

- Meu Senhor, bandoleiros nos atacaram e levaram os camelos!... Mataram os seus empregados!... Só eu consegui fugir!

Empregado 4 (Da mesma forma. Jó bastante transtornado.)

- Senhor Jó, Senhor Jó!  Os seus filhos estavam no meio de um banquete... de repente veio um vento muito forte... que soprou contra a casa... e ela caiu em cima dos seus filhos!... Todos morreram!

Jó (Na sequencia, inteiramente transtornado, Jó rasga partes de sua roupa, bate com as mãos no corpo e no chão, e diz e um brado.)

- Nasci nu, e sem nada vou morrer!  O Deus Eterno deu, o Deus Eterno tirou! (Levanta os braços.) Louvado seja o seu nome!

Música (Durante, apagam-se as luzes. Cortinas fecham.) - 15 segundos

 

ATO IV

Narrador

Já era muita desgraça na vida de Jó, mas ele não pecou contra Deus.  E Satanás não desistiu. Certo dia, ele chegou diante de Deus para mais uma tentativa; ele argumentou que, caso Jó ficasse doente, coberto de feridas horríveis, aí sim ele iria amaldiçoar a Deus e pecar. Deus concordou e foi o que aconteceu.

Palco: Cortinas abrem. Luz fraca. Jó está sentado no meio do palco, visivelmente doente e abatido. Entra sua mulher.

Mulher de Jó

- E então, Jó, você ainda continua sendo uma pessoa boa e direita?  Amaldiçoe a Deus e morra!

- Você está dizendo uma bobagem. Se recebemos de Deus as coisas boas, por que não devemos também aceitar as desgraças?

Música (Apagam-se as luzes. Jó se levanta e vai lentamente até à frente do palco e se senta novamente.) - 10 segundos

 

ATO V

Narrador

Três amigos de Jó – Eliffaz, Bildade e Zofar – ficaram sabendo das desgraças que haviam acontecido e resolveram lhe fazer uma visita. Queriam falar que estavam tristes pelo o que havia acontecido e queriam consolar o amigo.

Palco: Entram os três amigos e sentam-se junto a Jó. Silêncio por uns 15 segundos. Jó rompe o silêncio.)

- Maldito o dia em que nasci!  Maldita a noite em que disseram: Já nasceu! É homem! Que o dia em que nasci jamais seja contado entre os dias do ano!  Se a minha mãe tivesse feito um aborto, eu não teria existido... Por que não nasci morto?  Não tenho paz, nem descanso. Em vez de comer, eu choro... Só tenho agitação!

Elifaz (Levanta-se e fala.)

-Meu amigo Jó. Deus está lhe castigando por causa de algum pecado que você cometeu. Você precisa se arrepender e a sua sorte mudará.

Jó (Exaltado.)

- Mas eu não cometi pecado algum! Mostrem os erros que fiz! Por que eu haveria de pagar com dores profundas eu meu coração e em meu corpo por pecados que não cometi?

Bildade (Levanta e fala a Jó.)

- Até quando você vai falar essas palavras impetuosas e impensadas?  Se você for correto e direito, abadonar o seu pecado e orar a Deus, ele vai vir logo para lhe ajudar e não vai mais lhe castigar.

Jó (Transtornado.)

- Sei que não sou justo diante de Deus. Ainda que eu me lave com as águas do mar, com o sabão mais forte, ainda assim estarei imundo diante de Deus... Mas que pecado cometi agora?  (Levanta as mãos e olha para cima.) Ó Deus, por que me deixaste nascer!?

Zofar (Levanta e fala a Jó.)

- Será que todo esse palavrório ficará sem resposta? (Aponta o dedo para Jó.) Acaso esse tagarela tem razão? Arrependa-se dos seus erros, e Deus lhe salvará!

Elifaz, Bildade e Zofar (Juntos.)

- Você pecou, Jó! Você pecou, Jó! Você pecou, Jó!

Jó (Irritado.)

Até quando vocês vão me atormentar e machucar com as suas palavras? Sofro dores de todos os lados, e vocês, meus amigos, chegam aqui não para me ajudar, me consolar, para chorar comigo, mas para aumentar o meu sofrimento com palavras duras e enganosas... palavras vazias!

Música (Apagam-se a luz. Os amigos saem. Jó permanece sentado.) - 10 segundos

 

ATO VI

Narrador

Jó estava convencido da sua inocência.  Um certo homem chamado Eliú ouviu falar do sofrimento de Jó, e foi lhe visitar.

Eliú (Facho de luz sobre Jó. Entra Eliú, vindo da platéia, caminhando lentamente em direção a Jó, falando.)

- Não aquento mais! Preciso falar... Belas palavras esses três disseram, mas todas vazias.  Elifaz foi um moralista. Bildade foi um simplificador. Zofar foi um irritado. Os três, ao invés de ajudarem a Jó, fizeram um debate! E você, Jó, falou injustamente contra Deus!  Ele não é seu inimigo, mas amigo que lhe ama de verdade. Se ele permitiu que os seus pés fossem amarrados com as cordas do sofrimento, Jó, ele o fez não para lhe castigar por causa de algum pecado em especial.  O que ele fez foi para provar e fortalecer a sua fé, para que você confie nele ainda mais – pois ele é o Criador de todas as coisas, governa tudo com retidão e justiça e sabedoria, e é o seu Senhor.

Música (Eliú se retira. Jó permanece no palco.) - 10 segundos

Narrador

Sim, todo o sofrimento tem a sua origem no ser pecador que cada pessoa é.  Mesmo as pessoas que crêem em Jesus como seu Salvador ainda pecam. Mas Deus não castiga os seus filhos por causa de algum pecado em especial; ele não retribui mal com mal.

Mesmo assim, embora isso possa ser impossível de entender, Deus pode usar o sofrimento como um procedimento pedagógico. Ele pode causar sofrimento para que os seus filhos indiferentes enxerguem os seus pecados, se arrependam e retornam ao seu Senhor. Como no caso de Jó, Deus pode permitir a aflição para que a fé seja provada e fortalecida.

Ah, e que fim levou Jó? Ele, apesar da sua impaciência, das suas reclamações e dos seus protestos, viu que não era capaz de entender bem os caminhos de Deus, e conservou a sua fé no Criador. Sua fé foi provada e fortalecida. E, então, Deus abençoou Jó com o dobro de tudo o que tinha antes!

Um final feliz – que somente Deus pode escrever!  Um final feliz que ele também quer escrever na páginas da vida de cada um de nós. Através de Jesus Cristo, os nossos pecados são perdoados e o caminho até Deus está aberto. Quando você for assaltado pelo sofrimento, jamais deixe de entregá-lo nas mãos amorosas de Deus, porque ele sabe o que é o melhor para você. Somente em Deus o sofrimento faz sentido.

 

ATO FINAL

Palco: As luzes de acendem. Música (2 minutos) alegre, alta. Entram os filhos de Jó, alegres, dançando coreograficamente. Jó se levanta, meio assustado. Fica olhando os filhos dançando. Aos poucos, eles vão até o pai e o abraçam. Jó entra na dança, em festa. As cortinas fecham lentamente.)

Pastor Dieter Joel Jagnow - 30 de junho de 1993

A Vida de Jó - Teatro

VIDA DE JÓ

( A mãe de jó esta sentada no meio do palco,  o pai de jô se aproxima)

Pai - O sopro de Javé deu-lhe vida. Louvado seja o Deus de nossos pais que agora é o seu Deus! Que ele multiplique sua descendência sobre a terra, assim como as ervas do campo e como todas as criaturas que há nela. Jó, teme a Deus, evita o mal e Javé irá olhá-lo.

( Enquanto  os pais saem com a criança, levantam-na como se estivessem oferecendo-a para Deus. Do outro lado do palco, entram os  7 filhos  de Jó e também as suas três filhas. Estão alegres, dançam alegremente.  Entra Jó  e ora pelos seus filhos.) 

Jó - Deus, tenha misericórida de meus filhos, purifica-os, obrigado por tudo que tenho e por tudo que sou.

__________ - Você reparou em jó? Não se cansa de oferecer sacrifícios a Deus. Parece o homem mais santo da terra.

__________ - Também, com tudo o que ele possui, só tem que agradecer a Deus. E as filhas dele, são as mais belas que por aqui já se viu.

__________ -  É verdade. A mais velha é um manjar dos deuses, a do meio até parece um anjo.

__________ - E a mais nova, uma noite com aquele pedaço de mau caminho e eu nem quero que Deus me ajude.

__________ - O que você está querendo dizer?

__________ - Tô querendo dizer que é fácil para Jó agradecer a Deus pela vida que ele leva. Deixe que caia uma desgraça e verá se continua santo.

 (Realizar aqui a encenação de uma destruição, os filhos e filhas de Jó morrem. Apagam-se a s luzes, novamente as luzes ficam acesas. Entram personagens.)

 ____________ - Pobre Jó

____________ -  Pobre, não era ele um homem rico?

____________ -  Não é mais. Perdeu tudo de uma só vez. Uma grande desgraça abateu-se sobre a sua casa. Perdeu todos os seus bens.

____________ - Soube dos filhos dele? Estavam festejando e, de repente, caiu um raio e matou a todos.

____________ - E se não bastasse o infeliz até lepra tem. Como entender tanto sofrimento de uma só vez.

____________ - Só pode ser castigo. Vai ver que o homem não era tão santo assim. Vai ver que por detrás daquela aparência se escondia um grande safado.

____________ - Comenta-se que até sua mulher o abandonou. Também, é de se revoltar com tanta paciência e resignação. Imagine! Depois de tudo isso o homem ainda diz - "Nu saí do ventre da minha mãe e nú para lá voltarei. Deus deu, Deus tomou, Bendito seja o nome do Senhor.

____________ -  quem vai entender esse sujeito.

(Neste ato Jó entra e amaldiçoa o dia em que nasceu.)

Jó - Maldito o dia em que nasci e a noite em que me disse "Um menino foi concebido. Que esse dia transforme-se em trevas.

(Aqui ocorre algo parecido com um julgamento.)

Elifaz - Jó, meu amigo, tenha paciência, tire proveito desses sofirmentos para purificar-se. E arrependa-se dos seus pecados.

Jó - Porque foi dada a luz a quem a amargura aflige e oprime. Por que a noite do meu nascimento não fechou as portas do ventre para mim? E não escondeu de minha vista tanta miséria.

Elifaz - Por favor, jó não blasfeme. Mas arrpenda-se de seus pecados. Nenhum sofrimento é por acaso. O homem gera o seu próprio sofrimento. Afinal, Jó, quem semeia vento, colhe tempestade.

Jó - Você justifica  de uma maneira muito fácil o sofrimento. Está me dizendo que Deus me cobra uma dívida que eu não contraí?

Sofar - Até quando Jó você vai falar dessa maneira. Desde quando Deus castiga o homem justo Jó? Se estás nessa situação é porque algo cometeste.

Jó - Vocês dizem ser meus amigos. Mostram-me aonde eu errei. Como seria bom ouvir palavras justas. Mas o que provam as palavras de vocês. Olhem atentamente para mim, juro que não vou mentir para vocês. Eu sou inocnete. Voltem atrás as suas palavras, pois é a minha inocência que está em jogo. O Deus de vocês é um Deus terrível, pois as desgraças e as misérias que me atingem vem dele.

Amigo - O nosso Deus, Jó.  Por acaso o nosso Deus não é o seu Deus? Jó, você está fazendo pouco caso de nossas admoestações divinas.

Jó - De um Deus tirano eu não quero  consolo nenhum.

Amigo - Arrependa-se jó. Não fuja do seu destino. Arrependa-se e Javé terá compaixão.

Jó - Vocês são manipuladores de mentiras, são todos charlatães. Defendem a Deus com mentiras e injustiças. Por ventura pobreza é castigo?

Todos - É.

(Os amigos saem.)

______ Pobre Jó ,ele é um homem teimoso, não se convenceu de que está colhendo o que plantou.

______ Ele é um homem teimoso, não se convenceu e jura inocência.

______ Ninguém sofre de graça. Nào podemos faze nada por ele. Afinal , fizemos a nossa parte, levemos o nosso consolo.

(Jó fica desconsolado. Entram atores no palco.)

_____ Jó, você não está sozinho.

_____ Talvez haja outros Jós.

_____ Fui estuprada ao 11 anos de idade. é castigo de Deus?

_____ Perdi minha família num acidente de carro, é castigo de Deus?

_____ Meu filho entrou no mundo das drogas. é castigo de Deus?

_____ Meu pai foi despedido da indústria onde trabalhava, foi castigo de Deus?

_____ Meu pai é bêbado, minha mãe é uma prostituta, vivo nas ruas, durmo nas praças, e sobrevivo com o que outros me dão. Isso é castigo de Deus?

_____ Sim Jó, você não está sozinho, ha muitos que sofrem, alguns em menor grau, mas sabemos Jó o que estais passando.

Jó -  Quem vai me tirar dessa solidão. Quem vai  me libertar desse abismo. Quem vai preencher o meu nada?

Anjo - Era uma vez um homem, nasceu em Belém e lhe puseram o nome de Jesus. O homem que veio dar sentido a vida  do homem. Este homem nasceu  para cada um deles, para cada um de nós, para todos os que estão cansados e sobrecarregados, pois ele quer aliviar o vosso peso, e dar descanso a s nossas vidas.

Anjo - Não vos deixem enganar: Há muitos falsos profetas que vos provocam com mentiras, que prometem, mas não cumprem, que chamam bem o que é mal, e de mal o que é bem.

Jó - Reconheço que tudo podes e que nenhum dos teus desígnios fica frustrado. Falei de coisas que não entendia, de maravilhas que me ultrapassam  a  mente, por isso retrato-me  e faço penitência no  pó e na cinza.

(Você sabe quem é o autor deste material? Informe-nos, para que possamos dar os devidos créditos)

Liderança

1. QUE LÍDER SOU EU?

Pode-se dizer que há 4 tipos de membros em uma congregação: cansados, descansados, cansativos, incansáveis. Vejamos quais são as características principais destes cristãos:

  • Os cansados: São os que vivem chorando, reclamando e se queixando de tudo e de todos. Pensam que o trabalho da igreja é muito difícil. Pensam que estão fazendo muito, como se estivessem fazendo um grande favor a Deus. Dizem: "sempre eu; tudo eu".
  • Os descansados: São os que cruzaram os braços e pediram sua aposentadoria no trabalho do reino de Deus.  São simples espectadores, estão ausentes e acomodados. Pensam que têm um grande saldo com Deus. Dizem:  "Eu já fiz minha parte; agora é a vez dos outros; mereço um descanso".
  • Os cansativos: São os que vivem amargurados. Perderam a alegria da salvação e a vibração da fé. Conhecem muito bem as doutrinas, mas praticam um conservadorismo morto. São os "sabe-tudo", que ficam de fora, criticando e apontando os erros.
  • Os incansáveis: São os que reconhecem e valorizam as bênçãos da salvação em Cristo. Consideram um privilégio integrar, participar e ofertar para a igreja de Deus. Alegres, felizes, agradecidos, voluntários e dinâmicos, sabem dizer: "Aqui estou, Senhor, para fazer tua vontade".

Diante desta análise, pensem em suas congregações, discutam o tema no grupo e respondam:

1.    Perguntas para o grupo:

a)    Que líderes tem a IELB?
b)   Que líderes a IELB necessita?
c)    Que fazer para dar à IELB os líderes que ela necessita?

2.    Perguntas para reflexão particular:

a)    Que líder sou eu?
b)   Que posso fazer para ser o líder que a IELB necessita?

2. QUE É SER UM LÍDER CRISTÃO?

Com base na 1ª parte da palestra e na experiência do grupo, o grupo deve debater e responder:

1.  Será que a estrutura administrativa nas congregações, distritos e IELB, favorece ou impede o surgimento de novos lideres?
2.    Quais são os principais motivos de haver poucos líderes disponíveis para o trabalho da igreja?
3.   O que você gostaria de ter ouvido de alguém, quando assumiu/iniciou sua liderança na igreja?
4.   Quais são suas metas como líder da igreja/IELB?
5.   O que você, líder da IELB, faz quando não sabe o que fazer?
6.   Quais são suas sugestões para a paróquia, para os outros líderes e para a IELB sobre este importante assunto da liderança?

3. O LÍDER E SEUS HÁBITOS DE LEITURA.

Leiam os seguintes textos e depois respondam as perguntas.

"O conselho de Paulo a Timóteo, "dedica-te a ler", sem dúvida se referia à leitura pública das Escrituras do Antigo Testamento. Sua admoestação, no entanto, é muito apropriada para outros tipos de leitura também. Os livros que Paulo desejava que fossem trazidos a ele, provavelmente eram trabalhos seletos – livros de história judia, livros exegéticos e explicativos da Lei e dos Profetas e, talvez, alguns poetas pagãos dos quais tirava citações para seus sermões e cartas. Ele desejava usar suas últimas semanas ou meses da forma mais proveitosa possível, isto é, estudando seus preciosos livros. Ele foi um estudante até o fim."

"O homem que deseja crescer espiritual e intelectualmente, estará sempre entre seus livros. O advogado que deseja ser bem sucedido em sua profissão deve manter-se atualizado, conhecendo os casos mais importantes e as mudanças da lei. O médico deve seguir as descobertas e mudanças constantes que ocorrem em seu campo de atividades. Assim também o líder espiritual deve dominar a Palavra de Deus e seus princípios, e saber o que está se passando nas mentes daqueles que o buscam para orientação. A fim de alcançar estes objetivos, deve, além de seus contatos pessoais, dedicar-se à leitura seletiva."

"O líder espiritual deve ler para obter avivamento espiritual e proveito. Deve ler tendo em vista o estímulo mental e a fim de obter cultivo de estilo em sua pregação, seu ensino e seus escritos. Ele deve ler também com vistas a adquirir informações e ter comunhão com as grandes mentes."

1.    O que nos ensina o exemplo de Paulo com relação à leitura do líder cristão?
2.    Que tipos de livros devemos ler, segundo o exemplo de Paulo?
3.    "Para mim basta ler a Bíblia e ter o Espírito Santo me guiando." Seguindo o exemplo de Paulo, podemos concordar com esta afirmação? Por quê?
4.    Quem o Espírito Santo pode usar mais e melhor no trabalho da igreja: alguém que está satisfeito com o que sabe, o alguém que procura ler e aprender cada vez mais?
5.    Assim como o advogado e o médico, é importante que o líder espiritual tenha hábitos de leitura? Por quê?
6.    Que outros motivos o líder cristão tem para ler? Vejam em Hb 5.11-14.

4. O JOVEM CRISTÃO COMO LÍDER EM SEU DIA A DIA.

Entre seus irmãos na fé, nem sempre o jovem cristão é o líder do grupo. Mas no mundo em que vive, entre seus colegas de escola e/ou trabalho, com os parentes e amigos, ele naturalmente se torna um líder, no sentido em que vai levar Cristo às pessoas e "conectar" pessoas a Jesus. Leiam os textos a seguir e expliquem com suas palavras o que o eles nos dizem sobre sermos líderes de Deus no lugar onde vivemos.

1.    Dn 12.1-3.
2.    Mt 5.13-16.
3.    Mt 7.24-27.
4.    1Pe 2.9.

 5. O JOVEM CRISTÃO COMO LÍDER EM SEU DIA A DIA.

Entre seus irmãos na fé, nem sempre o jovem cristão é o líder do grupo. Mas no mundo em que vive, entre seus colegas de escola e/ou trabalho, com os parentes e amigos, ele naturalmente se torna um líder, no sentido em que vai levar Cristo às pessoas e "conectar" pessoas a Jesus. Leiam os textos a seguir e expliquem com suas palavras o que o eles nos dizem sobre sermos líderes de Deus no lugar onde vivemos.

1.    Mt 6.22-23.
2.    Ef 5.15-17.
3.    Fp 2.12b-16a.
4.    Tg 2.14-18.

CONCLUSÃO DA PALESTRA

Pegue um crucifixo.
Mostre-o para os jovens.
Explique que este é o centro da vida cristã.
Não há nada acima do sacrifício de Jesus Cristo.
(Continue sempre com o crucifixo na mão).
Nós somos chamados de cristãos.
Cremos em Jesus Cristo e no seu sacrifício por nós.

MAS, temos também os nossos afazeres diários:
Estudos (segure junto com o crucifixo um caderno, livro, caneta)
Necessidade de comunicação: (acrescente mais um celular)
Mencione outras coisas com as quais os jovens mais se ocupam e vai sempre acrescentando objetos junto com o crucifixo na sua mão.

É claro que a coisa vai ficando complicada de segurar tudo junto. De vez em quando alguma coisa encobre o crucifixo e faz com que o mesmo caia da mão.

Acrescente ainda os compromissos na igreja (um livro de atas)
Os esportes na igreja (uma raquete, bola, tênis, pedrinhas de knips, etc.)

Estas coisas escondem o crucifixo (Jesus), o centro da nossa fé.

Por fim coloque sobre todos os objetos uma "camiseta do clube" - sua união juvenil.

Então pergunte: Onde está a nossa fé? Escondida? Alguém poderá ver? Ela transparece através da camisa da sua união juvenil?

O apóstolo Paulo disse: "Decidi nada saber além de Cristo, e este crucificado"

Então comece a tirar todas as coisas que encobriam a cruz
Podes ir colocando no chão (Numa lixeira talvez seria muito forte, mas isto é "refugo").
Fique novamente só com o crucifixo na mão.
Enfatize a necessidade de não deixar que nada encubra a nossa fé. Atitudes, bebidas, namoro, esportes, rivalidade, etc.

Termine lendo Mt 5.13-16 e com uma oração, suplicando para que "a luz não seja colocada debaixo de um móvel, mas no velador".

Rev. Dari Trisch Knevitz - PELOTAS, RS

Os Dez Mandamentos dos Líderes

Mandamento: Promover a satisfação dos membros da organização/igreja.
Para isso devemos conhecer as necessidades das pessoas e ajuda-las a satisfazer essas necessidades. Devemos também estar contentes em poder ajudar ao próximo e conhecer a nós mesmos. "Amai uns aos outros assim como eu vos amei" – diz Jesus.

2° Mandamento: Criar um eficiente critério de avaliação.

O líder necessita um critério de avaliação de sua instituição e de seu próprio desempenho. Isto permitirá um diagnóstico atualizado. E este será útil para manter o rumo, evitar surpresas desagradáveis e corrigir erros.

3° Mandamento: Adotar o Planejamento Estratégico Participativo.

Através do Planejamento Estratégico Participativo o líder compartilha com seus liderados a responsabilidade, estimula o envolvimento e a participação, desperta novos lideres, aumenta a produtividade e cria um ambiente de satisfação pelas metas alcançadas.

4° Mandamento: Comunicar sempre.

A comunicação entre o líder e seus liderados é imprescindível. Esta necessita ser feita de tal forma que seja entendida por todos os interessados. O líder necessita lembrar-se de que 87% das informações guardadas na mente das pessoas, entram através dos olhos. É necessário lembrar-se também de que a comunicação é um processo complexo, contínuo, dinâmico e sempre mudando.

5° Mandamento: Olhar o contexto e o futuro.

O líder e o grupo/organização que ele lidera só sobreviverão se estiverem atentos às mudanças políticas, geográficas, econômicas e sociais, ao avanço tecnológico, aos novos meios de comunicação e informação. A liderança do futuro será do que "chegar primeiro".

6° Mandamento: Garantir a qualidade.

Manter-se sempre atualizado e cumprir o que foi decidido pelo grupo. Criar formas de avaliar resultados e  utilizar as melhores técnicas para garantir os serviços e produtos.

7° Mandamento: Perseverar nos objetivos.

Líderes e liderados necessitam unir suas forças e perseverar no caminho para alcançar os objetivos desejados. A perseverança nos objetivos pressupõe reconhecer falhas e aceitar promover mudanças e melhorias nos processos.

8° Mandamento: Coordenar processos e delegar poderes.

É necessário planejar os eventos e atividades da organização junto com todos os grupos/departamentos que a compõem. Estes devem aproximar-se, conhecer-se e integrar-se uns com os outros. As decisões não devem ser concentradas em uma pessoa ou grupo. Os que vão executar as tarefas devem ter o direito de opinar sobre como melhor realiza-las.

9° Mandamento: Divulgar as informações.

Todos os líderes da organização e dos grupos devem estar bem informados sobre as atividades programadas, os objetivos propostos e serviços a serem feitos.

10° Mandamento: Não conviver com erros.

A preocupação do líder deve ser de corrigir o erro o mais rápido possível. E deixar bem claro para todos os liderados o que é certo para que possam faze-lo.

 

APÊNDICE - HABITUE-SE A AGIR*

1.    Seja um "ativacionista". Seja alguém que faz. Seja um realizador e não um indivíduo que se nega a realizar.

2.    Não espere que as condições sejam perfeitas. Elas jamais o serão. Espere obstáculos e dificuldades no futuro e resolva-os à medida que forem surgindo.

3.    Lembre-se de que o sucesso não é feito apenas de idéias. As idéias só têm valor quando são postas em execução.

4.    Use ação para combater o medo e adquirir confiança. Faça o que você teme e o medo desaparecerá. Experimente e veja.

5.    Ponha em funcionamento, automaticamente, seu motor mental. Não espere que seu espírito movimente você. Aja, trabalhe e movimente seu espírito.

6.    Pense em termos de "agora". Amanhã, na semana que vem, mais tarde e outros semelhantes são, geralmente, sinônimos de nunca, a palavra do fracasso. Seja do tipo das pessoas que dizem: "Vou fazer agora mesmo."

7.    Esteja pronto para se entregar ao trabalho. Não desperdice tempo preparando-se para agir. Comece logo a agir.

8.    Tome a iniciativa. Seja um cruzado. Apanhe a bola e avance. Seja um voluntário. Mostre que você tem capacidade e ambição de fazer.

ENGRENE A MARCHA E SIGA!

*David J. SCHWARTZ, em "A Mágica de Pensar Grande", Record, 1996, pp. 221-222.

Curso de Formação de Líderes - Parte 9

APLICAÇÃO - Papel de Executor!

Introdução: Uma das maiores necessidades do cristianismo consiste exatamente na aplicação do conteúdo da Palavra de Deus à vida. Mesmo nos tempos bíblicos, Deus repetidamente repreendia o seu povo por deixar de fazer a aplicação das Suas verdades à vida. O apóstolo Tiago expressa isso da seguinte forma: " Tornai-vos, pois, praticantes da Palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos" (Tiago 1.22).

Aprender é mais fácil que praticar. Se você descobre que isso é verdade em sua própria vida, não é diferente da maioria dos cristãos. entretanto, Deus insiste em que você se esforce para aplicar as verdades dele à sua vida. Jesus promete o auxílio do Deus Espírito Santo para que isso se torne realizável em nossa vida.

Nós sabemos que o propósito primeiro da Escritura Sagrada é revelar o " evangelho, que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que nele crê!"

(Romanos 1.16). Portanto, Deus, em Sua Palavra, quer mudar a nossa vida. ele não quer aumentar o nosso conhecimento técnico acerca das coisas sagradas. Os escribas e fariseus tinham esse conhecimento técnico e o ostentavam como o mais importante; no entanto, foram reprovados por Jesus pelo imenso distanciamento entre esse conhecimento e a vida do dia a dia.

Esse capítulo que hoje iniciamos é assim tão importante, pois visa aproveitar para a vida prática tudo aquilo que lemos, ouvimos e estudamos da Palavra de Deus. Quando preparamos o Estudo Bíblico a ser proferido diante do grupo, ou de toda a Igreja, é fundamental sabermos que, de nada adiantará uma excepcional pesquisa, se a aplicação não for bem feita. Em outras palavras, a aplicação é tudo aquilo que tencionamos ocasionar com o estudo. É o que o ouvinte vai levar para casa! Nessa parte do estudo, o Espírito Santo de Deus vai agir para conformar mais completamente a vida do ouvinte aos padrões de Deus.

Ao fazer a aplicação pessoal, é importante não ser moralista, nem sensacionalista. Mexer com as emoções apenas não produz efeito, pois assim que a emoção passa, passará tudo aquilo a que ela se apegou. Todavia, o que Deus quer é ação, e não apenas sentimento. Na parábola dos dois filhos (Mateus 21.28-32). O pai pediu ao primeiro filho que trabalhasse na vinha, mas ele se recusou a ir. Mais tarde, mudou de idéia e obedeceu ao pai. O segundo filho concordou prontamente quando foi solicitado, mas nunca se apresentou para o trabalho. "Qual dos dois fez a vontade do pai?" (Mateus 21.31). Você concordaria que foi o primeiro. Idealmente, o senhor quer ambas as coisas, a sua emoção e a sua vontade. Aliás, é a graça de Deus que produz esta vontade de agir. " a fé é ativa no amor!"

APLICAÇÃO - O Processo

Para uma boa aplicação, sugerimos sete passos:

a) Use o Principio da Observação: Inclua na parte da observação do seu estudo as aplicações possíveis, à medida que você as vai descobrindo. Marque os e destaque-os nas suas anotações. Inclua todas as aplicações possíveis. Não deixe nenhuma fora! (depois você poderá selecionar as melhores, ou as que melhor convier!) Ore sempre, pedindo que o Deus Espírito Santo o instrua a melhor aplicar a Palavra de Deus à vida dos ouvintes. Pense nestes termos:

  • ·      há algum exemplo a seguir?
  • ·      há alguma ordem a obedecer?
  • ·      há algum erro a evitar?
  • ·      há algum pecado a abandonar?
  • ·      quais são as promessas de perdão da graça de Deus em Cristo?
  • ·      que estímulos o Senhor Deus me oferece?

b) Siga as Regras de Interpretação: Uma aplicação adequada só poderá ser feita depois de você ter interpretado corretamente a passagem. Lembre-se: há somente uma interpretação correta de cada passagem!

c) Seja Seletivo: Com oração, reveja as aplicações possíveis que registrou na parte da observação do seu estudo. Selecione a que você julgar ser a melhor. Não escolha muitas, pois isso será contraproducente. Se você tentar aplicar muitas, ficará frustrado e não conseguirá concretizar nenhuma. É como encher muitas garrafas de uma só vez, lançando sobre elas um balde cheio de água. Vão cair apenas gotas em algumas. Escolha uma ou duas, e encha-as, e certamente vai sobrar água! Peça que o Deus Espírito Santo lhe ilumine na escolha certa da aplicação.

d) Seja específico: Resista à tentação de ir atrás de generalidades. Ponha o dedo no centro do problema, e aperte ali. Ex.: Filipenses 2.5: " Tende em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus!" - alguém poderia dizer: ' Deus quer que eu me assemelhe mais a Jesus'. Isso é verdade; mas, é um pensamento muito geral. Por outro lado, a seguinte maneira de fazer a aplicação é mais específica: " quando Paulo disse que Jesus assumiu a forma de servo (Fp 2.7) compreendi que não venho servindo a minha família, ao meu próximo e ao meu Deus como convém. Fico ressentido quando tenho que abrir mão de algum programa para servir". Esta é uma aplicação de lei que diz respeito à vida do ouvinte, e fala ao dia a dia. Faz sentido para o ouvinte, pois aproxima a verdade da Palavra de Deus à sua vida.

e) Seja Pessoal: Como é fácil usar pronomes como "nós", "eles", "nosso", "deles". Como é difícil falar em termos de "eu", "você", "meu problema", "sua fraqueza". Ao escrever as suas aplicações, fixe-se nos pronomes da primeira pessoa do singular. O Nosso Senhor Jesus Cristo sempre foi muito pessoal no que disse: " Vai e não peques mais" (João 8.11). "Que queres que eu te faça?" (Marcos 10.51).

f) Escreva por Extenso a Sua Aplicação: Como parte integrante e essencial do seu estudo, a aplicação deve ser escrita. Às vezes pensamos estar tão seguros do que vamos dizer, que achamos não ser necessário escrever. Mas, se estamos tão seguros, tão certos do que vamos dizer, por que não escrever? Escrevê-las por completo dará a oportunidade de retornar e conferir o seu progresso com aquilo que você prometeu especificamente diante de Deus que faria.

g) Formule um Processo de Verificação: Às vezes a sua aplicação irá requerer algo específico, como, por exemplo: que o ouvinte se reconcilie com o irmão faltoso. Isso vai requerer tempo. Outro exemplo é o abandono de algum vício ou hábito nocivo: isso pode requerer tempo, e deve se instaurar um processo, às vezes, demorado.

Um exemplo vem da vida de Moisés. Você lê Números 12.3 e vê que Moisés era um " varão mui manso!" Então você consulta um dicionário e vê que ser manso significa: ter índole pacífica, ser pacato, sereno, quieto. Moisés levou anos e anos para aprender de Deus essa virtude. Foi um verdadeiro trabalho de lapidação. Quando você vai falar sobre o assunto, deixe claro para os ouvintes que muitas coisas, no Reino de Deus, por vontade do próprio Deus, não acontecem no tempo que nós queremos ou esperamos; mas, que ocorrem no tempo de Deus, pela ação do Deus Espírito Santo.

Quanto mais tempo durar uma aplicação, mais difícil será verificar o progresso. Igualmente, as aplicações relativas a atitudes e motivos são mais difíceis de avaliar do que as que se referem a pontos específicos de ação. Tudo isso deve ser levado em conta quando estiver procurando meios de verificar o progresso.

Exemplo de uma aplicação típica:

Vamos ter como base Filipenses 3.

A Passagem: No estudo que fiz de Filipenses 3, o Espírito Santo me convenceu que o apego às coisas do mundo me separam de Deus. Os versículos 18,19 são claros: " Pois muitos andam entre nós, dos quais repetidas vezes eu vos dizia, e agora vos digo até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo: o destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia; visto que só se preocupam com as coisas terrenas".

Um Exemplo: Eu gasto muito tempo e esforço para conseguir bens materiais, e vivo apegado ás coisas do mundo. Dou preferência a programas do mundo, em detrimento às programações da Igreja. Eu prefiro assistir ao futebol do que ir ao Estudo Bíblico.

A Solução: Uma vez que reconheço esse meu pecado e sei que ele é grave e sério, reconheço e creio que somente Deus, em Cristo Jesus, pode me perdoar e me desvencilhar do apego ao mundo, fazendo-me voltar às coisas de Deus.

Resumo: Por sua própria natureza, a aplicação é algo extremamente pessoal e direto. O que foi dito acima serve como sugestão para melhor aplicar a Palavra de Deus. O objetivo é mudança de mentalidade, pelo anúncio da dura e rígida Lei de Deus, e pela promessa doce e consoladora do Evangelho. Não pregue mudança exterior apenas! A transformação inicia no coração, no interior, e, então, exterioriza-se numa nova vida! O Espírito Santo lhe dará coragem e sabedoria para que, mais e melhor, você possa aplicar a Palavra de Deus.

(Este material faz parte de um estudo maior, elaborado pelo pastor Sílvio, de Nova Venécia - ES. Veja as outras partes neste mesmo blog)